sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Oh Happy Day


Nossa quanta saudade de sentar ouvir minhas músicas e escrever. Ultimamente tenho sentido as palavras, emoções, desejos e vivências pedindo para sair, vejo elas em mim gritando para serem colocadas para fora, porém, eu simplesmente reprimo, não por vontade minha, empeço devido ao pouco tempo e alguns fatos não claros ainda, todos não permitem a saída delas. Nesses dois meses sem escrever eu olhava para o dia onde normalmente escreveria e não escrevia, pensava e esboçava algumas idéias, mas eu dormia, sabia quais eram meus motivos para escrever, porém não escrevia.

Agora, após um longo e percorrido dia, sinto-me avontade para escrever. Talvez por estar com meu corpo tão cansado, minhas pernas tão exaustas e meu ser tão limpo vejo com clareza as palavras novamente ordenadas e esperando para ser transmitidas e como em um regresso postas em meus pensamentos, ditas ou como um resgate saudosista, expressadas como em um espasmo mental. Então nesse momento pronto para escrever, preparado para transmitir e desejoso por me aliviar de meses sem fazê-lo, vou nesse exato momento permitir a quem lê ou simplesmente me permitir falar, escrever e externar toda a minha sentimentalidade.

Eu sabia da necessidade de grandes experiências de fortes sentimentos para pode escrever. Eu me perguntei inúmeras vezes por que demorava tanto para escrever, havia vivido grandes experiências, fortes sentimentos e mesmo assim me mantinha relutante em escrever, como podia não produzir e apenas guardar tudo a mim? A mim mesmo me perguntei isso e com o tempo fui notando o quanto eu estava perdendo o jeito, não jeito de escrever, mas esquecendo de como ser sensível e voltando a ser mecânico. Sabia da necessidade de ser sensível e permitir ser tocado em meu ser. Olhei para tudo e após muito pensar vi e vou comentar sobre o meu, falar sobre o desejo e a vontade e o de ser.

Enquanto me envolvia com as características do meu dia fui tornando como de forma desatenta ele em forma mecânica, quadrada e sem surpresas, até o momento de receber um convite. Fora convidado para uma viagem, convidado para escrever de forma visual sobre uma viagem. Eu fotografaria, aprisionaria tudo pelo simples poder da minha lente fotográfica. Quando senti o peso aproximado de 700 gramas, um corpo de plástico, aço, vidro e muita tecnologia em minha mão, ao notar o poder de permitir aos outros o olhar pelos meus olhos e de registrar de forma egoísta algo que somente era visto por mim, quando percebi isso fiquei em profunda alegria e prazer. Foram dois mil quilômetros percorridos, setecentas vezes apertada o mesmo botão, porém em cada segundo eu vi uma beleza, um ângulo e guardei a mim uma delicia de lembrar como é ser eu, ser a minha pessoa. Em todos os dias e momentos onde tive em meu controle tão objeto pude experimentar um sonho e um desejo e uma missão, alimentei meu eu visual externando de forma imagética toda a minha sentimentalidade.

Agora voltara a minha rotina e procurava não cair em meus mecanismos e tentava sempre manter vivo em minha as características de sempre ser eu. Certo de quem eu fui, era, sou e quero ser lutava para não perder esse foco. Então voltei a lutar pelos meus dias, lutar para não cair na mesmice e sempre demonstrar o apreço a todos os que merecem. Eu já muito alegre por conhecer pessoas maravilhosas Deus me mostrou com tremendo carinho mais algumas preciosidades que vou guardar para o resto da minha vida.

Agora como um louco desvairado canto “Oh Happy Days”, tremenda alegria enche o meu ser com tudo, pelas coisas incríveis vividas nesse ano, mediante a tantas pessoas maravilhosas, viagens indescritíveis e conversas sem rumo e nem prumo. Lembro de forma gostosa como Deus me permitiu conhecer uma pessoinha tão diferente, tão única, tão apropriada, ficávamos conversando sobre coisas “cabeça” até o dia onde ela me pediu ajuda para escrever um discurso persuasivo, algo envolvente, algo tão atraente a ponto de prender a atenção das pessoas, porém tudo deveria ser em inglês; como foi gostosa essa tarde, ficamos 3 horas conversando, falamos de tudo, menos do objetivo inicial da conversa, o texto. Hoje posso cantar essa música e me lembrar de noites sem dormir onde ficamos discutindo teorias, melhor dizendo, fiquei expondo minhas teorias e dois queridíssimos amigos ficaram me ouvindo, estavam tão atentos que hoje vivem curiosos para saber se pato ao molho de amoras é tão gostoso quanto disse ser. Tenho prazer em lembrar de amigas, companheiras novas, uma excelente companhia pra ir ao cinema nas noites chuvosas de São Paulo e lembrar de outra tão particular, tão especial que defino como meu pedaço de Japão. Gosto muito de cantar essa música por dois motivos, primeiro pelo já dito, pela alegria vivida graças aos presentes recebido por Deus, sendo eles em forma de amigos e o outro motivo é por que canto muito bem e nossa vida a música ganha uma outra roupagem com a minha voz acompanhando.

Estava a um longo tempo sem escrever, senti falta de escrever, senti falta de me expressar, sabia por que deveria fazer e como deveria fazer, mas não fazia. Agora aliviado após escrever dedico esse texto a algumas pessoas, nunca havia dedicado nada assim, então dedico a algumas pessoas. Ofereço meu atual texto aquela que hoje me manda carta pelo e-mail, a uma que é um anjo em minha vida, e minha chama missionária e todas as pessoas com as quais um dia eu já tive o prazer de fazer troca de pensamentos.

sábado, 13 de setembro de 2008

Sou apenas EU.


Hoje eu comecei a escrever mentalmente e agora estou passando tudo em forma de palavras. Acabei de colocar em prática uma coisa na qual venho praticando a dias, tentei me melhorar. Estou nesses últimos dias pensando na constância do meu ser, como posso ser o que alguns pensam que sou. Dizem que sou quem nunca vi ser. Como posso ser quem sou se nem eu sei quem sou. Talvez hoje eu esteja meio perdido em mim, mas talvez eu esteja sendo o mais sincero comigo mesmo, ainda não compreendo o que falam sobre mim. Uma amiga absurdamente importante em minha vida disse “...você aperfeiçoa tudo o que já é bom.”. Como posso ser o bom a quem ela se refere, não compreendo como posso levar consolo e explicação as pessoas por meio das minhas dúvidas e inquietações. Alguns quando lêem o que escrevo dizem ver em minhas palavras respostas para dúvidas de suas vidas, outros dizem sentir um alívio ou simplesmente ver em meus textos a compreensão para muitas questões. Sinto falta de minha simplicidade e sinto falta de amigos e amigas, pessoas nas quais encontrei diferenciais. Uma me chama por grilo, talvez pelo barulho incomodo de meus pensamentos que sempre estão gritando, ou por simplesmente se equivocar e achar em mim uma imagem da consciência. Não posso ser nada a ninguém. Não desejo trazer alívio a ninguém e nem responder questões complexas da vida. Eu apenas quando escrevo desejo colocar para fora o que existe em mim. Meus pensamentos. Realmente eu preciso de sensações e emoções fortes para produzir meus textos. Nessa sexta-feira eu lembrei uma sensação a muito não sentida. Lembrei aquele nó próprio meu que tem morada certa na minha garganta. Um gosto tão diferente, tão impróprio e tão reflexivo. Esse gosto, mesmo sendo ele as vezes incomodo, mas traz sempre pensamentos, reflexões e cansaço para mim. Nessa sexta-feira eu tive a oportunidade de relembrar tantas coisas, pude ver como posso não atentar para algo já conhecido por mim, meu destino talvez seja ser passageiro. Amigos e amigas já perguntaram se eu os abandonaria, se eu mudaria minha força te ser ou trata-los. Senti tremenda dor por ver embargar a voz por medo de me ver mudar. Não imaginava ser tão importante para alguém como amigo como sou para alguns. Como posso ser tudo se nem eu sei quem sou. Será mesmo ser tão como pensam, ou apenas não compreendem quem sou. Acabei de assistir um filme muito bom e muito bem escrito. Olhei o filme com alguns olhos, olhei como roteirista, olhei como fotografo e olhei como pessoa que se perde em seus pensamentos e as vezes não sabe qual é a melhor escolha se fazer. Vi alguém que quando praticava o bem resultava no mal e outro no qual se espelhava no caos e na desordem por simplesmente compreender o terror. Muitos já me falaram e me alertaram sobre minha escolha por caminhar só. Olhar em meus olhos hoje e procurar ali repouso para poucos eu permito, não olhe para mim se não for convidado senão a única coisa que vai encontrar é seu maior medo e seu caos interno externado pelos meus atos. E eu fico confuso como alguns e algumas se atrevem a olhar. Conheço uma amiga que tem tremenda habilidade com as palavras e hoje sobrevive de criar realidades por meio de suas palavras. Conheço uma na qual sem muitas palavras, talvez uma, ‘bisurdo’, mas nessa palavra reage a todas as minhas formas de mostrar que eu não sou o que muitos pensam que sou. Talvez hoje eu aparente ser muito confuso, sim eu sou muito confuso e complexo. Eu não sei ao certo o quanto posso ser eu, tenho me perdido em meu eu e não vejo mais resultados para minha complexidade. Enquanto caminhava a noite eu tive uma lapso de pensamento e compreendi uma verdade de Deus, compreendi como posso confiar em Deus graças a fé que ELE nos dá. A fé é a certeza das coisas que hão de acontecer e a convicção das coisas que vão acontecer. Eu hoje não vejo mais soluções para alguns desejo tão simples meu, não vejo mais saídas e nem formas para os resultados. Não consigo mais compreender como algumas coisas vão acontecer. E fiquei muito grato com Deus por Ele ter me permito essa interpretação, não veja mais soluções e nem resultados, mas sei pela fé no controle de Deus, sei o quanto ele cuidará para que tudo se resolva com muito carinho e amor. Então agradeço a Deus pelas coisas nas quais ELE me coloca, agradeço por poder aprender com tudo e todos. Agora eu realmente me pergunto, como podem, como vocês vêem e o que enxergam em mim? Eu ainda não compreendo muitas coisas sobre mim, mas uma coisa eu tenho certa, sou apenas uma pessoa simples e tenta melhorar. Talvez eu seja e tenha o bom no qual uma amiga se referiu, talvez seja quem a outra chora por medo de perder, mas hoje penso em ser apenas EU, uma pessoa simples.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Seus olhos verdes.


Hoje cheguei a uma estafa mental tremenda, tão profundo foi o desgaste, sua intensidade era tal que cheguei até a dizer de forma atrevida: Cansei de ser eu. Inúmeras vezes eu lutei para ser eu, talvez explicar o que penso seja algo mais complexo do que consigo transmitir, ou seja, simplesmente mais um devaneio da minha cabeça. Será eu o único a se cansar de ser eu mesmo, Fernando Pessoa em um dos seus poemas cansou de ser ele mesmo, inúmeras pessoas cansaram de ser elas e desejam ser aquelas pessoas sem falhas e sem derrotas. Eu apenas cansei de ser eu, cansei da complexidade do meu pensamento, cansei da intensidade das minhas idéias, vejo um desgaste na minha forma de ser tornando eu uma pessoa cansativa e de inúmeras facetas e características.

Enquanto caminho eu penso, talvez numa crise normal a todos, eu não sou normal. Tenho pensado sobre isso e uma vez um tutor me disse para não ser escravo dos pensamentos, como não pensar, ou melhor, como pensar em não pensar? Enquanto eu penso sobre como é ser eu, vejo como minhas características e minha personalidade influenciam até o mais simples gesto realizado. Já me perguntaram sobre como é ser eu, talvez agora eu tenha a resposta, ser eu cansa. Não cansa de forma física, mesmo que eu me esforce para ser freqüente na academia, sempre arranjo uma desculpa para não correr por mais de 30 minutos na esteira. Então fisicamente ser eu é agradável. Conviver comigo mesmo também não é ruim, assuntos para conversar não faltam, piadas oportunas para tornar qualquer conversa mais descontraídas fluem como natural. Agora ser eu, conviver com minha alógica de raciocínio, lidar com a meticulosidade na hora de escolher as palavras. Não quero parecer um jovem em crise, já passei por essa fase, mas estou simplesmente me perguntar, como posso cansar de ser eu.

Refletindo sobre a forma como escrevo descobri a necessidade de emoções fortes para poder produzir textos. Sábado e domingo, tive a oportunidade de experimentar sensações novas, viver uma vida que aos meus olhos, uma nova vida que se inicia. Olhei para cada segundo, cada sensação experimentada nesse dia e vi, percebi, experimentei e provei coisas novas, oportunidades que me levaram a pensar sobre inúmeras coisas, pessoas, comportamentos e sobre mim mesmo. Sábado minha inquietação sobre “cansar de ser eu” chegou a um ponto culminante. Compreendi a necessidade de minhas facetas, entendi o quanto minhas características, mesmo que cansativas para mim, descobri que elas tornaram minha pessoa uma pessoa diferente. As vezes me inquieto por esperar comportamento dos outros semelhantes ao que eu teria, reações, compreensões e percepções, porém me alegro com tudo isso, pois, não seria possível ser eu sabendo ser comum a todos, certo que minhas peculiaridades não são especiais, são apenas banais. Seria terrível para mim mesmo saber ser normal as minhas características, busquei tanto me melhorar, agregar valores e qualidades em mim que descobrir que isso é normal a todos mostraria o quanto o seu eu não é nada alem de ser a todos.

Agora, sexta-feira, quase meia noite, ouvindo uma música interessante e após uma conversa com uma amiga que é um anjo’s em minha vida consegui escrever algo novo e terminar esse texto começado dias atrás. Conversamos sobre coisas banais da vida e compartilhamos alegrias. Em uma de nossas alegrias eu comentei sobre uma sensível, uma simples e sim, uma delicada. Mostrei sua face, a face de um sonho a ponto de querer desfrutar de alegrias que um dia parecia pesadelos. Talvez se eu não tivesse vivido a vida, a minha vida em especial, se nada em mim acontecesse eu não iria poder ver as flores em meu caminho e nem ser guiado pelas estrelas do meu sonho. O fato de ser tão belo ou bela me traz a alegria de mais um sonho e a luz para um texto, senão compreendesse a importância de sua existência talvez nunca nasceriam flores em meu coração. Minhas palavras agora tem cores diferentes, meus olhos procuram um tom esverdeado para descansar e meus dedos relembram o delicado ponto onde eles te encontram. Talvez, sim, talvez pois não é certo, caso um dia eu torno o sonho real flores podem nascer, estrelas podem brilhar ou até mesmo a palavra me faltar, com todas as possíveis coisas que podem acontecer eu simplesmente agradeço pela sua simplicidade. Uma simples simplicidade.

Agora quem lê pensa ter alguém pelo qual escrevo. Escrevo pelos meus sonhos, escrevo pelos meus sentimentos, escrevo por que sonho em um dia te encontrar. Encontrar aquela com quem passo horas no telefone, com quem dedico pensamentos inusitados e aquela que tira o brilho da Inglaterra. Escrevo por você, simples por você, você que me lê.

sábado, 16 de agosto de 2008


Durante esse período onde fiquei sem escrever, estava pensando e tentando achar algum motivo razoável para continuar escrevendo. Expressar e colocar para fora tudo dentro de mim não me parecia mais tão importante, havia me perdido em meus compromissos e não encontrava mais uma explicação ou razão para voltar a produzir. Não achava motivação para escrever; assuntos, pensamentos e algo a dizer existiam, eu pensava muito em algumas coisas, porém não dizia e não comentava. Agora, bem agora, estava no telefone com uma amiga, conversávamos sobre isso e alguém conseguiu colocar em cheque e me questionar sobre o porquê não escrever. Respondi não saber precisamente, mesmo sabendo não ser totalmente sincero nessa resposta, disse então não mais ver motivos simplesmente por que quem eu desejava que lesse, não teria acesso então não queria mais escrever. Ela com sua simplicidade me respondeu: “Será mesmo que não vai ler?”
Estou agora ouvindo uma música, gosto muito dela. Existe uma frase nela, algo tão claro e tão próprio para os dias onde acordo e me preparo para mais um dia. Um dia frio, algo natural para as manhãs de São Paulo, levanto, pego meus livros, preparo para mais um dia e acabo pensando em você. Engraçado, pensamos em inúmeras pessoas no decorrer do dia, venho a anos tentar controlar e entender a forma como penso, mas vou caminhando pensando, sonhando, imaginando; projeto inúmeras coisas em minha mente, mas o engraçado, não consigo controlar sobre qual vai ser a próxima pessoa na qual vou depositar algum momento de sonho. Existem algumas que quando penso, logo me esforço para não ficar pensando nela, existem outras que quando me lembro fico rindo-me comigo mesmo por situações engraçadas nas quais já enfrentamos, agora existem algumas, talvez nesse momento eu fale no plural para tornar a sua identidade a mais neutra possível, existem algumas tão especiais, tão desejáveis em minhas lembranças. Agora vou tornar meus pensamentos sobre ela, desculpe, elas, um pouco mais claro e a todos convido, pensem comigo como é bom ter alguém assim em sua vida.
Alguns textos e meses atrás, eu produzi um texto sobre algumas pessoas, onde dei nome ao texto com uma brincadeira de nomes. Hoje não busco falar sobre pessoas, mas sobre como elas nos fazem pensar. Em alguns momentos buscamos sempre ser lembrados, queremos ser o alguém por quem existe o pensamento. Venho nesses dias me alegrando, não por ser alguém em quem pensam, mas por depositar momentos de minha vida pensando em alguém. Pessoas são presentes de Deus, mesmo aquelas que nos fazem sentir coisas ruins, são formas pelas quais Deus permite que treinemos e exercitemos nossas qualidades. Contudo existem algumas tão simples, tão humildes, como sua delicadeza se torna tão sofisticada. Tenho me alegrado quando vejo o contraste sobre minha altivez e a humildade, não existe pessoa mais nobre para me ensinar alguns valores senão essa pela qual voltei a escrever. Inúmeras vezes brinquei dizendo não conhecer as palavras para descrever suas inúmeras faces de seu diamante. Agora estou tentando em forma de texto tornar possível para mim, pelo menos, a grandeza de sua importância, talvez haja alguma magia em suas palavras, talvez haja vida em sua simplicidade. Não imagino como consegue ser, mas me alegro por que é.
Estou feliz, voltei a produzir textos, voltei a trazer para fora toda a minha sentimentalidade em forma de palavras. Agora não mais me questiono sobre o por quê devo escrever. Estou experimentando sensações hoje, não busco leveza em minha vida e caminho hoje prosseguindo para o alvo, para o premio da soberana vocação em Cristo Jesus, mas no caminhar tenho me alegrado pelas pessoas com as quais gasto alguns momentos em conversas de telefone, em e-mails trocados, ou simplesmente por me perder pensando como pode ser tão assim, “assim do jeitinho que é.”

quinta-feira, 17 de julho de 2008

BOSSA NOVA


Essa semana tive a excelente oportunidade de ir ver a exposição dos 50 anos da Bossa Nova, na Oca no Parque do Ibirapuera. Recomendo a todos quanto tenham um desejo pela experiência de conhecer uma Brasil elegante, um pais sensível e aberto a um rimar diferente e uma vivência regada de elegância, molejo e muito charme. Cresci rimado pelos versos de Vinícius de Moraes e cantarolando a melodia de Tom Jobim, lembro de uma importante amiga sempre pedia para eu deixar de ouvir, como pudera deixar de desfrutar tremenda complexidade e elegância. Não nego a tremenda influência em meus textos graças a esse estilo de vida, não tenho vergonha de assumir ter essa vontade de viver uma eterna BOSSA em minha vida e experimentar sempre a alma NOVA, degustar a doce e suave nota que para muitos é totalmente dissonante, mas para minha vida tem um soar tão harmônico.
Enquanto caminhava pelo pavilhão da exposição pude alem desfrutar da bela música, da impecável decoração e do ar boêmio, consegui admirar e me alegrar da excelente companhia de uma amiga. Enquanto sentávamos para ouvir músicas, comentários e documentários pude admirar, contemplar e compreender uma distinta diferente entre seus detalhes. Observava e buscava compreender a diferente entre seus detalhes e sua história. Como pudera alguém ter vivido a vida oferecida a ela ainda sim demonstrar tamanha beleza e ternura e sempre estar aberto com um sorriso típico e formado por seu charme. Caminhávamos pela exposição, conversávamos e eu em muitos momentos me mantive calado e observando, buscava sempre compreender e fazer a ligação entre uma história e todo aquele momento.
Agora feliz por ter desfrutado de tremendo prazer, alegre por ter visto uma exposição tão bela e significativa pela sua relevância em minha história e ainda mais por ter ido na companhia de uma pessoa tremenda. Lembro perfeitamente de cada momento, isso torna um momento em um eterno filme com sua própria trilha sonora e seus atores que viver sem show em sua vida. Quando cheguei em casa no final da noite tentei escrever um texto, queria externar a alegria daquele dia, buscava colocar para fora como havia sido prazeroso aquela tarde. Comecei a escrever, havia escrito os dois primeiros parágrafos desse texto e parei. Não conseguia terminar, simplesmente não achava as palavras. Eu havia perdido o propósito inicial dos meus textos, notei estar perdendo um pouco meu foco, havia pegado o gosto pelo elogio e estava me tornando uma pessoa que escrevia simplesmente para receber elogios e me alegrar com os comentários. Pensava ter perdido a sinceridade de minhas palavras e temia ter trocado a originalidade de meus sentimentos pela barganha dos elogios. Então havia decidido não mais escrever.

Hoje, alguns dias após a minha decisão de não mais escrever, Deus colocou no meu caminho um clipe onde o compositor falava sobre uma situação tão difícil em sua vida e mesmo assim Deus dera a ele uma música para ajudar a louvar no momento difícil. Fiquei impressionado com a situação do compositor, seu amigo estava a caminho da morte, o câncer consumia o corpo dele, mas Deus confortava a todos. Então eu lembrei da minha amiga, lembrei das inúmeras situações difíceis na qual Deus permitira a ela viver, lembrei da minha vida das dificuldades em caminhar firme tendo sempre o chão se mostrando instável. A música diz assim: “Quando não consigo mais sentir, quando minhas feridas não saram. Senhor, humildemente me ajoelho e me escondo em ti. Senhor tu és a minha vida. Então não me importo de morrer, contanto que eu esteja escondido em ti...”.
Quando escrevi meu primeiro texto eu tentava mostrar ser possível louvar a Deus nos momentos difíceis. Hoje tenho mais claro o quanto é possível isso. O quanto devemos confiar em Deus, depositar nossa vida nas mãos de Deus e nos momentos onde parece ser tão difícil o caminhar, lembrar das palavras “quando sou fraco é que o Senhor me faz forte.” Não somos capazes por nós de suportar as dificuldade da vida, mas somos capazes de vence-las se motivados por Deus e certos que em Cristo seremos vencedores.
Um longo dia havia passado, estava meio preocupado com minha amiga, desejo o melhor desse mundo para ela, mas estava meio preocupado. Orei a Deus, coloquei a vida dela diante de Deus, tinha certo para mim o cuidado de Deus para com seus fieis e ainda não conheci ninguém tão fiel. Coloquei diante de Deus essa amizade, estava orando e colocando para Deus que cuidasse dela e sempre proporcionasse a ela tremenda paz e a realização de seus sonhos. Enquanto pensava nela Deus foi permitindo lembrar das inúmeras pessoas que passaram pela minha vida. Eu havia prometido a uma amiga em potencial surpreendê-la, mostrar a ela algo tremendo, não da forma como talvez alguém possa pensar, mas simplesmente demonstrar a ela o quanto ela é especial e tem tamanho valor. Enquanto tirava o dia para pensar fui lembrando de pessoas generosas, de amigos indescritíveis e de pessoas onde um dia eu abençoei e me abençoaram.
Agora lembro o que me faz escrever, sei por que externo meus sentimentos pelas minhas palavras. Faço isso para nunca esquecer de depositar minha vida nas mãos de Deus e sempre agradecer a Deus pela maravilhosa graça de ter a companhia de pessoas tão maravilhosas e de sempre manter vivo em mim, por mais charmosa que a Garota de Ipanema possa caminhar ela ainda vai se prostar a fidelidade de Deus e ao confiar, no qual minha vida hoje tem um propósito.
“Minha meta é longa, meu objetivo é claro, meu desejo é grande, minha vontade é infinita e minha causa é DIVINA.”

sexta-feira, 11 de julho de 2008

O belo esta no simples.


Meus comprimentos e agradecimentos a quem lê meus textos, não nego, já que você vai ler ficaria muito feliz se comentasse. Obrigado. Sabe, como eu sempre peço a quem lê um comentário, dessa forma não preciso pedir, você logo vai comentar. Falando sério agora, eu havia convidado uma amiga minha para escrever comigo, mas creio falar sozinho hoje. Eu creio hoje me atrever a falar sobre um assunto a primeira vista simples, no entanto se olharmos bem algo tão complexo e profundo, tudo vai depender do ponto de vista.
Quando eu era criança tinha tremenda facilidade em fazer amigos. Como é gostoso ser criança, não existe complexidade, não existe preconceito e não complicamos as coisas. Lembro ser tão banal, fazer uma amizade consistia simplesmente de um olhar para o outro e pronto, vamos brincar, vamos conversar, vamos comer juntos. Uma nova amizade nascia assim, nascia na simplicidade. Lembro de um amigo, ele era da primeira igreja onde meu pai foi pastor. Nossa, era inacreditável como tudo era simples. Corríamos, brincávamos, sonhávamos, nós apenas vivíamos o momento. Certa vez pichamos a parede da igreja, não recomendo a ninguém essa experiência, mas não me arrependo em nada. Não me lembro de ter criado um critério de ser seleto ao escolher minhas amizades quando criança, não me importava com o grau de instrução da pessoa, realmente o importante era se a pessoa desejava ou não ser minha amiga, era simples.
O tempo passa, vamos criando critérios, os buracos da nossa peneira vão se tornando pequeno. Certa vez em um acampamento estava eu sentando num balanço e uma guria sentou no do lado, novamente a simplicidade estava na oportunidade. Estávamos ali, dispostos, abertos, não havia critérios e nem parâmetros. Hoje após alguns anos a amizade ainda existe e é incrível como o mesmo balanço ainda esta lá, mas a nossa simplicidade parece ter ido embora.
Venho notando como objetos, lugares e oportunidades são excelentes canalizadores de amizades. Tenho uma amiga, essa é especial. Ela quando nos ‘conhecemos’, ela entenderá o motivo das aspas, ela era novinha e absurdamente falante, hoje infelizmente estamos mais calados, mas ainda existe o mesmo sentimento. No entanto essa amiga, uma bela campineira, era engraçado como nos identificávamos. Ela tem um charme, principalmente quando imita galinha e outros animais. Conversávamos sobre inúmeros assuntos, discutíamos quem conseguia fazer a melhor interpretação de Tom Jobim. Havia um motivo simples para a existência de nossa amizade; nós apenas desejávamos mantê-la e graças ao bom Deus ela ainda existe até hoje.
Agora olhando essas situações e sendo hoje muito criterioso, extremamente seleto com quem eu considero meu amigo, vejo como complicamos algo que quando é simples tem um aroma tão agradável. Criei em mim um enigma complexo de complicado de ser resolvido, alguns simplesmente se perdem tentando compreender e analisar meus comportamentos, outros simplesmente se iludem pensando me compreender e conhecem uma casca tão superficial. Muitas vezes me perguntei como pude deixar perder essa simplicidade, como foi acontecer isso comigo, como me tornei um labirinto de sentimentos e uma charada de pensamentos. No entanto lembro de uma amiga, não nos conhecíamos pessoalmente, existia uma ciber-amizade, mas ela precisou de mim, precisava de um abrigo e pensei: “Somos amigos, ela precisa de um lugar, então vamos exercitar a simplicidade da amizade.” Muitos me recriminaram pelo comportamento, mas ele me lembrou como a simplicidade torna acessível à amizade.
Agora eu questiono a quem um dia me questionou sobre meus argumentos sobre toda essa simplicidade. Tentei tornar seu amigo, eu até fui infantil, nas pureza da palavra, pedindo “posso ser seu amigo?”. Foi engraçado ouvir: “Lucas, a amizade hoje não é como quando éramos criança, posso ser seu amigo e pronto.”. Pensemos todos, como não pode ser possível ser assim. Não compreendo como complicamos algo que quando simples se torna tão bonito. Quais são nossos critérios para criarmos uma amizade, a pessoa deve ser sincera, bonita, inteligente, fiel. Eu me pergunto será mesmo necessário tudo isso, não me lembro e não vejo isso no comportamento mais sincero de todos, no comportamento infantil. Olhemos uma criança, ela não distingue nada da essência das pessoas, ela simplesmente nota a possibilidade de uma amizade e para ela tudo é tão simples.
Hoje eu vivo um paradigma existencial, sou tão complexo em meus pensamentos e comportamento, mas ainda busco essa tão bela simplicidade. Existe em mim hoje um desejo pelo simples, não estou querendo novas oportunidades e nem grandes experiência. Desejo simplesmente provar do belo, do puro do simples. Quero voltar a ser criança, não para viver sem responsabilidades, mas para experimentar o puro, viver o sem conceitos estabelecidos.
Hoje de manhã eu olhei para uma determinada pessoa em especial e pensei sobre a possibilidade da nossa amizade. Sem questionar eu estava pronto a responder negativamente a essa possibilidade. Agora eu vejo como as coisas não são tão simples, como tudo não é mais tão puro e existem inúmeras coisas determinantes para situações como essas. Mas caramba como posso novamente perder uma oportunidade simplesmente pelas coisas passada. Olhemos para o amanhã, não existe nele cheiro e nem sensação simplesmente por que não o provamos ainda. Como posso então negar essa possibilidade eu estaria negando a mim uma experiência talvez inédita. Contudo se eu vier a me arrepender dessa oportunidade, paciência é como quando caiamos e nossas mães falavam: “Levanta, passa água no machucado e vai brincar, logo logo ele vai sarar.”
Tudo é simples, depende simplesmente de um ponto de vista.

sexta-feira, 4 de julho de 2008


Tenho mesmo gostado muito de escrever, consegui descobrir algo tão prazeroso quanto meu saudoso basquete. Enquanto escrevo sinto como se minha mente estivesse abrindo e colocando para fora qualquer forma de pensamento. Permito a saída de alegria, angústia e todos os meus sentimentos. Escrever tem tornado meus dias mais leve, expor a quem lê o meu verdadeiro eu, tem sido como permitir que vocês toquem um lado meu não conhecido. Agora quando leio comentários sobre meus textos sinto tamanha alegria. Nada tem sido tão gratificante quanto notar o quanto tenho conseguido alegrar algumas pessoas simplesmente usando de sinceridade.
Dias atrás escutei uma frase tão bonita, algo tão simples, mas com tamanha profundidade, havia eu prometido a mim mesmo escrever algo sobre esse comentário. Tenho certeza que ela irá identificar-se, no entanto abro a todos essas palavras agora. Não pretendo escrever sobre o apreço relacionado às pessoas importantes que conheci. Contudo tem sido significativo o resultado gerado pelas minhas cartas. Uma amiga a muito perdida hoje foi reencontrada, outra manteve seu silêncio mesmo sendo ele graças a seu esforço para se preservar. Agora não consigo descrever o quanto estou feliz pelas bênçãos alcançadas.
Eu quando comecei a escrever esse texto tinha em mente falar sobre algumas pessoas, novamente eu iria falar sobre sua importância na minha vida e simplesmente tentar demonstrar o quanto uma frase como: “você alegra o meu dia”, como comentários como esses são especiais para mim. Eu fiquei muito feliz ao ouvir elogios e o reconhecimento pelo meu amadurecimento. E no silêncio também fiquei muito grato mediante a tudo já experimentado. Estou muito satisfeito pelo resultado gerado, mesmo não planejado, eu estou muito feliz com todo o resultado que Deus permite alcançar. No entanto hoje não vou falar sobre nada disso. Tenho outra coisa em mente para escrever. Pretendo hoje ser mais reflexivo, demonstrar de forma menos poética e talvez mais clara o quanto estou feliz pelos resultados alcançados.
No dia 28 de junho minha avó faleceu. Lembro de ter sido acordado ás 5 horas mais ou menos para me arrumar, a notícia havia chegado, eu e minha mãe deveríamos ir para a igreja onde ocorreria o culto fúnebre. Enquanto me arrumava, eu peguei um livro, sabia o quanto era uma situação delicada e compreendia ser essa uma oportunidade de abençoar. Quando minha mãe e eu chegamos à igreja, olhei para o salão simplesmente um caixão e meus parentes. Foi um dia longo, mas em uma oportunidade que tive de ficar sozinho, observei a tudo e todos. Lembrei das pessoas, lembrei de cada pessoa na qual um dia eu havia encontrado. Pensei em algumas que gostaria de sua companhia nesse momento, lembrei de outras; eu simplesmente queria a companhia de alguém. Lembro de ter recebido a mensagem de um amigo, ele foi muito solidário, li a minha bíblia e novamente refleti. Ao final do dia eu pensaram em uma única coisa: “Obrigado meu Deus, ‘no luto existe reflexão’, obrigado por me permitir compreender isso.”.
Agora, dias após a morte dela eu estou aqui escrevendo. Eu tentei inúmeras vezes externar o que havia em mim, começava, tentava, me preparava, no entanto nada saia. Eu não sentia mais desejo em escrever. Então ouvindo uma música, uma música tão bonita, tão profunda e ela me lembrou o caminho das lagrimas e o das palavras. Agora estou feliz por lembrar como fazia para colocar para fora e compartilhar meus pensamentos com todos.
Contudo esse texto, hoje talvez minha profundidade esta nas sensações passadas por mim no dia fúnebre de domingo, nas lembranças gostosas das palavras de amigos e na sensação já esquecida de como era se sentir perdido sem conseguir expressar. Venho pedir desculpas, talvez hoje eu pareça meio vaga, talvez esse texto não esta tão bom quantos os outros. Compreenda, nem sempre a flor nasce, às vezes regamos com carinho e ela simplesmente morre por causa das falta de sol que um dia faz. Não nego estar levemente triste devido algumas circunstâncias, mas me alegro ao lembrar das maravilhosas graças dadas por meu Deus.
Agradeço aos comentários, agradeço aos sentimentos e agradeço a companhia. Eu escutei graças ao meu último texto fazia o dia de alguém feliz pelas boas palavras que eu sempre levava. Agora eu agradeço a essa mesma pessoa e a muitas outras, mas a essa em especial, obrigado pela solidariedade, pela amizade e pela alegria em ensinar o “confiar em Deus.”
Obrigado.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

"Dos anjos"


Agora peguei o gosto por escrever. Tem sido experiências diferentes a cada palavra, expressão ou a cada simples dizer meu, tudo tem sido tão gostoso. No entanto preciso urgentemente providenciar uma nova cadeira, como pode é muito ruim essa cadeira que estou sentado agora.
Muitos têm lido o que escrevo, fico meio receoso, um amigo meu me disse que estou me expondo muito. Tenho hoje encontrado motivos para escrever, razões profundas ou simplesmente um prazer gostoso ao colocar para fora meus pensamentos. No entanto fiquei alguns dias sem encontrar um motivo para escrever, fiquei pensando sobre inúmeras coisas, diversas pessoas e situações de minha vida, tudo para poder encontrar uma boa razão para escrever. Hoje, 13 de junho, eu encontrei um motivo gostoso para escrever. Pretendo agora falar sobre pessoas. Não vou falar sobre o ser humano e suas faces, mas vou falar sobre pessoas nas quais encontrei profunda admiração e carinho pela diferença em que fizeram na minha vida.
Falar sobre as pessoas com que convivi nesses anos vai ser uma missão complicada e muito perigosa. Caso eu venha a valorizar uma e desmerecer a outra posso ser injusto, no entanto peço a compreensão de todos. Existem algumas pessoas profundas, significativas e merecedoras de digna relevância. Tentarei demonstrar não só minha admiração por elas, mas sim permitir a elas entender sua importância para mim. Uma em especial, não diria uma amiga, a melhor classificação para ela seria “dos anjos”, como poderia em poucas palavras descrever sua profunda importância e valor em minha vida. Existiram pessoas com sotaque e outras tão silenciosas, seu silêncio diz muito a minha pessoa. Tentarei falar sobre elas, não se esforce para descobrir quem é quem no meu novo texto, mas busque encontrar um gato sorridonho escondido sobre minhas palavras.
“És doce, és companheira, és amiga, és confidente.” Um poema no qual uso como introdução para falar sobre um ‘anjo’ carinhoso que conheci. Dentre todas as pessoas que conheci, seu charme e sua humildade sempre me tocaram. Com seu discurso sobre a confiança e o depositar de sua vida nas mãos de Deus pude ilustrar inúmeras aulas junto aos adolescentes de minha igreja. Falar sobre sua devoção com sua irmã, sua família, sua vida, falar sobre sua atenção com seus compromissos muitas vezes me fez questionar sobre sua existência. Demorei aproximadamente quatro anos para compreender seu valor. Não concebia a idéia de uma pessoa tão simples conseguir agregar tantos valores sobre si. Em inúmeras situações ela me alegrava dizendo confiar em mim, acreditar e admirar. Quando pensei sobre sua admiração com relação a mim, fiquei preocupado. Muita responsabilidade era guardar e manter firme minha imagem para não decepciona-la, mas com o tempo foi notando que ela me permitia falhar. Muito obrigado amiga.
Não me esqueço de uma amiga, ela tinha um sotaque tão engraçado e sempre repelia meus argumentos e me provocava para que eu dissesse: “sou apenas realista.”. Aprendi muitas coisas com essa pessoa, amiga, irmã. Certa vez ela conseguiu mudar meu comportamento simplesmente com um pote de iogurte para criança, eu me derreti por uma cartela de danoninho. Sua inteligência, ousadia, oratória e sua capacidades de ver nuances fizeram meu crescimento ser mais rápido e profundo. Um dia nos encontramos, cabelo ao vento, olhares desconfiados e sorriso no rosto. No entanto logo após as curvas da vida nossos olhares não mais se encontraram e nossa amizade se manteve distante. Não tão distante a ponto que nos esqueçamos, mas sim com que cresçamos e nos tornemos fortes e amigos adultos.
Falar sobre o silêncio. Inúmeras palavras, gestos e desejos foram demonstrados, mas seu silêncio, quase poético foi falado. Um olhar, um gesto e não houveram palavras. Minhas palavras pareciam mortas, meu olhar estava míope e não encontrava lugar para apoiar minhas mãos. No entanto era tão perfeito seu silêncio. A ausência falava muito, mostravam coisas que não conseguia ver. Nunca imaginei que com nada fossem ditas tantas coisas. Certa vez enchi quase 1000 palavras para tentar demonstrar a sinceridade, mas todas se prostraram perante o nada a ser dito.
Eu havia dito falar sobre pessoas especiais. Então desejo a quem lê a capacidade de conseguir notar a beleza da última pessoa aqui identificada. Compreenda que diante de todas as situações nada posso dizer sem demonstrar um profundo gozo e indescritível satisfação pela alegria me apresentada por essa. Seu silêncio é fruto de sua característica, suas poucas palavras foram necessárias, às vezes não dizer é mais difícil que dizer.
Desejo a você a habilidade de olhar para as pessoas ao seu redor e identificar nelas nuances, detalhes, curvas, note em cada uma seu mais profundo detalhe. Conhecendo seus próximos você conseguirá no silêncio compreender tudo o que haveria a ser dito.
Existem ainda inúmeras pessoas maravilhosas para falar, no entanto somente algumas foram tão inesquecíveis e tão profundas em sua simplicidade. Uma pela sua capacidade de se dispor, outra pelo seu sotaque e habilidade em me ensinar coisas. No entanto uma tão simples e tão bela conseguiu sem dizer nada mostrar para mim tamanha diferença em minha vida. Fui questionado sobre a sinceridade de uma frase, duvido estar errado sobre o conteúdo dela. Quando disse aquilo era sincero, e você sabe, e não será tão simples acontecer o que você disse que aconteceria.
Agora após escrever tudo sobre algumas pessoas, sinto uma profunda saudade. Sinto saudade de rir sobre coisas sem graça, sinto saudade de ficar horas dentro de um ônibus e sinto saudade de cultos que nos encontramos. Já me disseram que meu saudosismo e minha nostalgia são pura poesia. Amigo, leitor ou simplesmente eu falar para mim mesmo, nunca deixe seu passado ser esquecido, nele você encontrará respostas para questões futuras. Compreender a si mesmo é o maior passo a ser dado para poder amar com profunda capacidade o seu próximo. Eu ainda amo você.

sábado, 31 de maio de 2008

Um novo caminho antigo.


Saúdo com muita alegria quem vai ler o que venho a escrever agora, mesmo que seja meu próprio eu falando comigo mesmo, agradeço pela atenção. Tenho novos pensamentos, novas conclusões uma nova percepção que gostaria de expressar. Permiti falar sobre essa semana. Falar sobre coisas inéditas e como uma lei da física pode ser tão psicológica, como uma ação pode gerar inúmeras reações.
Dias se passaram. Permiti conhecer um lado anteriormente teórico o qual, agora se torna mais que uma vivência. Agora estou novamente ouvindo a música Esperança, mesmo ela tendo uma conotação mais nobre e suas notas e melodias apresentando um soar tão gostoso. Anteriormente eu escrevia para expressar o quanto me doía e como poderia suportar tal situação. Agora escrevo para mostrar que sim, somos capazes por intermédio de Deus de superar inúmeras fronteiras. Deus nos sustenta e nos mantém firme para sempre vencer, obter a vitória por intermédio de Cristo Jesus.
A música tem uma frase: “Tua presença, me aquieta a alma...”. Quando terminei de escrever meus textos anteriores Deus permitiu que eu sentisse sua presença a ponto de ter sensações de como se estivesse sendo ninado, cuidado e alguém tomando conta e me protegendo. Minha semana havia voltado ao início e eu deveria voltar e me manter firme. Não deveria demonstrar minha fragilidade, pelo menos era o que pensava eu ser o certo. Hoje vejo o quanto forte é o que permite se demonstrar fraco, pois seu descanso e sua força vêm de Deus. A presença de Deus em minha vida foi fruto de orações, comunhão com meus irmãos e leitura da palavra de Deus. Sentia a presença de Deus por meio de meus amigos, quando orava e quando lia sua palavra. Tudo me mostrava ser realmente verdadeira à frase de Cristo: “Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados e eu vos aliviarei.” Eu dizia com muita freqüência que estava cansado, demasiadamente cansado. Compreenda, caro leito, Deus aliviará suas cargas e sua dor e concederá a você um alegria vinda de Deus.
Um dia havia chegado, pensará eu que nunca chegaria esse dia. Eu escrevi um outro texto nesse dia, algo mais complexo, não um desabafo, mas sim um declaratório. Enquanto escrevia, era belo lembrar de situações agradáveis que Deus havia permitido o desfrutar. Lembrar da fidelidade de Deus sendo concedida por meio de bênçãos. O texto no qual eu trabalhava, era para ser uma despedida, mas a cada palavra o texto tomava um ar de alegria e descrição sobre a benção divina. Escrevia, descrevia e falava sobre uma pessoa. Uma pessoa especial, singular, profunda e tão simples, alguém o qual Deus fizera com tanto carinho e criado com tanto capricho. Não tenho o desejo de agora falar muito sobre essa pessoa, mas uma frase perfeitamente a descreve: “Seu charme está em demonstrar como o mais complexo problema se torna simples com seu olhar, como o dia mais frio pode esquentar com seu sorriso.”. Eu compreendi, mesmo com uma situação temporária, entendi o quanto Deus tem carinho com seus filhos. Compreenda, Deus cuida de você criando pessoas nas quais você experimentará o quanto Ele carinhoso. Viva atento para perceber nas pessoas o quanto são especiais.
Agora, dias após o ocorrido, estou renovado, forte, saudoso não nego, mas descansado em Deus. No final daquele dia que eu tinha escrito meu texto, procurei uma amiga. Oramos, pela última vez chorei. Amigo, gostoso é pensar em como lagrimas servem para lavar sua tristeza. Ficamos por longas horas conversando, contei minha história, não a situação, mas sim minha história de vida. Compartilhar sobre nossa vida é como permitir a alguém ser parte de sua vida, ser parte de sua história. Estou experimentando sensações novas, como havia mencionado no início, como uma ação pode gerar inúmeras reações. Louvo a Deus por tudo que me aconteceu essa semana, cada dia foi marcado por uma alegria e pela saudade. Deus tem me fortalecido.
Compreenda, não é tão utópico sentir de Deus essa alegria, basta permitir sentir primeiro a dor para depois viver a alegria com Deus. Agora me resta a saudade, sentimento de ausência de uma pessoa, mas ele é suprido por Deus.
Sempre lembre o quanto uma pessoa pode ser maravilhosa em sua vida e quando tiver a oportunidade de demonstrar isso a ela, demonstre, ela ficará muito feliz, mesmo que ela não te demonstre.
Por fim gostaria de deixar uma frase na qual me alegrei por notar a sensibilidade fluindo por meio de minhas palavras. "Palavras são formas pelas quais permitimos que alguém sinta e toque nossos pensamentos e sentimentos. ".
Uma pessoa especial sempre será especial. Não há nada que possamos fazer para mudar isso, simplesmente agradecer a Deus e a essa pessoa pela existência dela em nossa vida.

Obrigado.

Tulipas, flores de minha reflexão.


Tulipas, símbolo de meu existencialismo.


Volto a escrever, me expressar e tentar colocar para fora pensamentos que rodeiam minha mente. Não tenho conseguido compreender algumas coisas que acontecem, levo-me pelos meus pensamentos, mas um pensamento de Deus me pára: “Nem olhos viram nem ouvidos ouviram o que Deus preparou para nós.”
Penso como Deus é maravilhoso, como Ele cuida de nossas vidas a ponto de nos criar, guiar e mostrar seus planos por meio dos caminhos que nos guia. Agora compreender os planos de Deus, bem não tenho conseguido faze-lo.
Enquanto escrevo estou escutando a música “Deus Fiel”. Deus fiel, muitas vezes pensamos nessa frase por meio de uma reflexão tão efêmera. Deus me conhece antes mesmo de minha mãe ter me concebido, Ele já conhecia meus dias antes mesmo da minha existência. Como posso questionar a Deus sobre seus planos ou sua fidelidade.
Escrevendo um planejamento estratégico para minha empresa eu pensava em formas de controlar nosso futuro, ter o domínio sobre as variáveis que uma empresa pode passar. Já tentei controlar o caminho de minha vida, mas a cada passo tenho visto o quanto enfrentamos reviravoltas sem controle. Não tenho conseguido compreender como o norte se torna sul com tanta facilidade e como um chão pode ruir com tanta velocidade.
Ah como é bom experimentar do amor de Deus! Em conversa com um amigo eu disse de forma imprudente que estava cansado de seguir pelos caminhos de Deus e de repente sentir Deus dando um peteleco e mudando todo o curso de minha vida. Não posso pensar dessa forma. Como posso querer ter o controlo de meus passos se não conheço o próximo. Querer o controle de correr no escuro é imprudência e insensatez.
Hoje tenho tentando fechar meus olhos e colocar minhas mãos nas mãos de Deus e pedir que Ele me leve por meio das estradas de tijolos amarelos. Experimentei algo tão complexo e inexplicável que me motivou a algo inédito, me levou a escrever. Eu chorei. Levei meus caminhos regados por lágrimas e por profunda tristeza. Vivi um luto existencial e um amargamento de espírito. Busquei ajuda por amigos, professores, pais e quando busquei a presença de Deus compreendi o descansar e o refrigério.
Agora enquanto escrevo já mudei de música, toca “Esperança”. Esperança o último monstro a sair da caixa de Pandora. Como pode a esperança gerar no homem tamanho mal, temos esperanças de reatar um casamento, de conseguir superar uma doença, temos esperanças em coisas que não vão acontecer. Eu briguei com a esperança, briguei por que ela me levava a pensar que ainda poderiam acontecer. Ela me iludia, ela me maltratava, ela não me respeitava. Orei a Deus pedindo por misericórdia. Ao pensar nas misericórdias de Deus me lembrei das regadas palavras do Profeta Jeremias: “Quero trazer a memória o pode me dar ESPERANÇA”.
Quando lembrei das palavras do profeta, minha esperança não deve estar em coisas que dependem de mim, mas deve estar em Deus, nas misericórdias de Deus. Hoje a esperança renasce. Ela nasce quando eu morro. Vou explicar. Quando não consigo mais ter forças para suportar, para agir, minha esperança vem para lembrar que Deus vai me sustentar nesse momento. Obrigado meu Deus pela sua força.
Agora recuperado. Não totalmente, mas tenho experimentando a mão de Deus agir de inúmeras maneiras. Ainda sonho com uma nova guinada para minha vida. Sabe, ter a certeza que podemos confiar em Deus certo que Ele vai agir quando não conseguir mais ter esperança ou simplesmente quando nossos sonhos morrem. Deus nos fortalece. Não quero deixar um texto que vá te fortalecer, não tenho o interesse em levar palavras de força nem nada. Gostaria simplesmente que quem lesse compreendesse que todas as palavras são um puro e simples desabafo.

Obrigado pela atenção.

Entendendo a vida.


Por favor, não me analise
Não fique procurando cada ponto fraco meu.
Se ninguém resiste a uma análise profunda,
Quanto mais eu...
Ciumento, exigente, inseguro, carente
Todo cheio de marcas que a vida deixou
Vejo em cada grito de exigência
Um pedido de carência, um pedido de amor.

(trecho de um poema de Mario Quintana)
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Certa vez me questionei sobre as faces da vida. Como poderia questionar aquela que sempre muda, sempre mostra um detalhe que muda todo o sentido de seu nome. Conhecer a vida é algo completamente sem sentido, pois para isso é preciso compreender que é preciso esperar. Não adiantar conhecer o que passou, pois ela ganha nova face a cada segundo que se adentra.
Na alegria se louva a Deus, mas na tristeza deve-se louvar a Deus com a mesma intensidade. Conhecendo os caminhos da vida vemos o quanto podemos experimentar em pequenos nuances o quanto o louvor a Deus deve ser sincero. A cada dia que vivo, busco compreender quais são os planos de Deus para minha vida. Estive a frente de nosso maior inimigo, vi a morte de amigos e me alegrei com 2000 aplausos. O louvor vem quando compreendemos que por Deus seremos mais que vencedores.
Hoje tomei a iniciativa de começar a escrever. Já escrevi poemas, frases, pensamentos e anedotas. Hoje faço meu primeiro espasmo mental. Minha mente graças a vida, ganhou um novo dilema a questionar. Pense comigo caro leitor.
Será que devemos compreender o que nos acontece?
Será que devemos questionar o motivo da vida ter um gosto agridoce?
Leitor, amigo, inimigo, caro colega de pensamento. Sua vida deve ter um sentido.
Estou escrevendo como nosso ilustre Paulo Coelho, não dando pensamentos profundo e nem levando a compreender questões complexas da vida. Não caro confidente. Quero te mostrar uma coisa.
Sua vida tem um sentido. Não compreenda. Não entenda. Não desgoste.
No momento mais complexo, louve. Simplesmente Louve.