quinta-feira, 17 de julho de 2008

BOSSA NOVA


Essa semana tive a excelente oportunidade de ir ver a exposição dos 50 anos da Bossa Nova, na Oca no Parque do Ibirapuera. Recomendo a todos quanto tenham um desejo pela experiência de conhecer uma Brasil elegante, um pais sensível e aberto a um rimar diferente e uma vivência regada de elegância, molejo e muito charme. Cresci rimado pelos versos de Vinícius de Moraes e cantarolando a melodia de Tom Jobim, lembro de uma importante amiga sempre pedia para eu deixar de ouvir, como pudera deixar de desfrutar tremenda complexidade e elegância. Não nego a tremenda influência em meus textos graças a esse estilo de vida, não tenho vergonha de assumir ter essa vontade de viver uma eterna BOSSA em minha vida e experimentar sempre a alma NOVA, degustar a doce e suave nota que para muitos é totalmente dissonante, mas para minha vida tem um soar tão harmônico.
Enquanto caminhava pelo pavilhão da exposição pude alem desfrutar da bela música, da impecável decoração e do ar boêmio, consegui admirar e me alegrar da excelente companhia de uma amiga. Enquanto sentávamos para ouvir músicas, comentários e documentários pude admirar, contemplar e compreender uma distinta diferente entre seus detalhes. Observava e buscava compreender a diferente entre seus detalhes e sua história. Como pudera alguém ter vivido a vida oferecida a ela ainda sim demonstrar tamanha beleza e ternura e sempre estar aberto com um sorriso típico e formado por seu charme. Caminhávamos pela exposição, conversávamos e eu em muitos momentos me mantive calado e observando, buscava sempre compreender e fazer a ligação entre uma história e todo aquele momento.
Agora feliz por ter desfrutado de tremendo prazer, alegre por ter visto uma exposição tão bela e significativa pela sua relevância em minha história e ainda mais por ter ido na companhia de uma pessoa tremenda. Lembro perfeitamente de cada momento, isso torna um momento em um eterno filme com sua própria trilha sonora e seus atores que viver sem show em sua vida. Quando cheguei em casa no final da noite tentei escrever um texto, queria externar a alegria daquele dia, buscava colocar para fora como havia sido prazeroso aquela tarde. Comecei a escrever, havia escrito os dois primeiros parágrafos desse texto e parei. Não conseguia terminar, simplesmente não achava as palavras. Eu havia perdido o propósito inicial dos meus textos, notei estar perdendo um pouco meu foco, havia pegado o gosto pelo elogio e estava me tornando uma pessoa que escrevia simplesmente para receber elogios e me alegrar com os comentários. Pensava ter perdido a sinceridade de minhas palavras e temia ter trocado a originalidade de meus sentimentos pela barganha dos elogios. Então havia decidido não mais escrever.

Hoje, alguns dias após a minha decisão de não mais escrever, Deus colocou no meu caminho um clipe onde o compositor falava sobre uma situação tão difícil em sua vida e mesmo assim Deus dera a ele uma música para ajudar a louvar no momento difícil. Fiquei impressionado com a situação do compositor, seu amigo estava a caminho da morte, o câncer consumia o corpo dele, mas Deus confortava a todos. Então eu lembrei da minha amiga, lembrei das inúmeras situações difíceis na qual Deus permitira a ela viver, lembrei da minha vida das dificuldades em caminhar firme tendo sempre o chão se mostrando instável. A música diz assim: “Quando não consigo mais sentir, quando minhas feridas não saram. Senhor, humildemente me ajoelho e me escondo em ti. Senhor tu és a minha vida. Então não me importo de morrer, contanto que eu esteja escondido em ti...”.
Quando escrevi meu primeiro texto eu tentava mostrar ser possível louvar a Deus nos momentos difíceis. Hoje tenho mais claro o quanto é possível isso. O quanto devemos confiar em Deus, depositar nossa vida nas mãos de Deus e nos momentos onde parece ser tão difícil o caminhar, lembrar das palavras “quando sou fraco é que o Senhor me faz forte.” Não somos capazes por nós de suportar as dificuldade da vida, mas somos capazes de vence-las se motivados por Deus e certos que em Cristo seremos vencedores.
Um longo dia havia passado, estava meio preocupado com minha amiga, desejo o melhor desse mundo para ela, mas estava meio preocupado. Orei a Deus, coloquei a vida dela diante de Deus, tinha certo para mim o cuidado de Deus para com seus fieis e ainda não conheci ninguém tão fiel. Coloquei diante de Deus essa amizade, estava orando e colocando para Deus que cuidasse dela e sempre proporcionasse a ela tremenda paz e a realização de seus sonhos. Enquanto pensava nela Deus foi permitindo lembrar das inúmeras pessoas que passaram pela minha vida. Eu havia prometido a uma amiga em potencial surpreendê-la, mostrar a ela algo tremendo, não da forma como talvez alguém possa pensar, mas simplesmente demonstrar a ela o quanto ela é especial e tem tamanho valor. Enquanto tirava o dia para pensar fui lembrando de pessoas generosas, de amigos indescritíveis e de pessoas onde um dia eu abençoei e me abençoaram.
Agora lembro o que me faz escrever, sei por que externo meus sentimentos pelas minhas palavras. Faço isso para nunca esquecer de depositar minha vida nas mãos de Deus e sempre agradecer a Deus pela maravilhosa graça de ter a companhia de pessoas tão maravilhosas e de sempre manter vivo em mim, por mais charmosa que a Garota de Ipanema possa caminhar ela ainda vai se prostar a fidelidade de Deus e ao confiar, no qual minha vida hoje tem um propósito.
“Minha meta é longa, meu objetivo é claro, meu desejo é grande, minha vontade é infinita e minha causa é DIVINA.”

sexta-feira, 11 de julho de 2008

O belo esta no simples.


Meus comprimentos e agradecimentos a quem lê meus textos, não nego, já que você vai ler ficaria muito feliz se comentasse. Obrigado. Sabe, como eu sempre peço a quem lê um comentário, dessa forma não preciso pedir, você logo vai comentar. Falando sério agora, eu havia convidado uma amiga minha para escrever comigo, mas creio falar sozinho hoje. Eu creio hoje me atrever a falar sobre um assunto a primeira vista simples, no entanto se olharmos bem algo tão complexo e profundo, tudo vai depender do ponto de vista.
Quando eu era criança tinha tremenda facilidade em fazer amigos. Como é gostoso ser criança, não existe complexidade, não existe preconceito e não complicamos as coisas. Lembro ser tão banal, fazer uma amizade consistia simplesmente de um olhar para o outro e pronto, vamos brincar, vamos conversar, vamos comer juntos. Uma nova amizade nascia assim, nascia na simplicidade. Lembro de um amigo, ele era da primeira igreja onde meu pai foi pastor. Nossa, era inacreditável como tudo era simples. Corríamos, brincávamos, sonhávamos, nós apenas vivíamos o momento. Certa vez pichamos a parede da igreja, não recomendo a ninguém essa experiência, mas não me arrependo em nada. Não me lembro de ter criado um critério de ser seleto ao escolher minhas amizades quando criança, não me importava com o grau de instrução da pessoa, realmente o importante era se a pessoa desejava ou não ser minha amiga, era simples.
O tempo passa, vamos criando critérios, os buracos da nossa peneira vão se tornando pequeno. Certa vez em um acampamento estava eu sentando num balanço e uma guria sentou no do lado, novamente a simplicidade estava na oportunidade. Estávamos ali, dispostos, abertos, não havia critérios e nem parâmetros. Hoje após alguns anos a amizade ainda existe e é incrível como o mesmo balanço ainda esta lá, mas a nossa simplicidade parece ter ido embora.
Venho notando como objetos, lugares e oportunidades são excelentes canalizadores de amizades. Tenho uma amiga, essa é especial. Ela quando nos ‘conhecemos’, ela entenderá o motivo das aspas, ela era novinha e absurdamente falante, hoje infelizmente estamos mais calados, mas ainda existe o mesmo sentimento. No entanto essa amiga, uma bela campineira, era engraçado como nos identificávamos. Ela tem um charme, principalmente quando imita galinha e outros animais. Conversávamos sobre inúmeros assuntos, discutíamos quem conseguia fazer a melhor interpretação de Tom Jobim. Havia um motivo simples para a existência de nossa amizade; nós apenas desejávamos mantê-la e graças ao bom Deus ela ainda existe até hoje.
Agora olhando essas situações e sendo hoje muito criterioso, extremamente seleto com quem eu considero meu amigo, vejo como complicamos algo que quando é simples tem um aroma tão agradável. Criei em mim um enigma complexo de complicado de ser resolvido, alguns simplesmente se perdem tentando compreender e analisar meus comportamentos, outros simplesmente se iludem pensando me compreender e conhecem uma casca tão superficial. Muitas vezes me perguntei como pude deixar perder essa simplicidade, como foi acontecer isso comigo, como me tornei um labirinto de sentimentos e uma charada de pensamentos. No entanto lembro de uma amiga, não nos conhecíamos pessoalmente, existia uma ciber-amizade, mas ela precisou de mim, precisava de um abrigo e pensei: “Somos amigos, ela precisa de um lugar, então vamos exercitar a simplicidade da amizade.” Muitos me recriminaram pelo comportamento, mas ele me lembrou como a simplicidade torna acessível à amizade.
Agora eu questiono a quem um dia me questionou sobre meus argumentos sobre toda essa simplicidade. Tentei tornar seu amigo, eu até fui infantil, nas pureza da palavra, pedindo “posso ser seu amigo?”. Foi engraçado ouvir: “Lucas, a amizade hoje não é como quando éramos criança, posso ser seu amigo e pronto.”. Pensemos todos, como não pode ser possível ser assim. Não compreendo como complicamos algo que quando simples se torna tão bonito. Quais são nossos critérios para criarmos uma amizade, a pessoa deve ser sincera, bonita, inteligente, fiel. Eu me pergunto será mesmo necessário tudo isso, não me lembro e não vejo isso no comportamento mais sincero de todos, no comportamento infantil. Olhemos uma criança, ela não distingue nada da essência das pessoas, ela simplesmente nota a possibilidade de uma amizade e para ela tudo é tão simples.
Hoje eu vivo um paradigma existencial, sou tão complexo em meus pensamentos e comportamento, mas ainda busco essa tão bela simplicidade. Existe em mim hoje um desejo pelo simples, não estou querendo novas oportunidades e nem grandes experiência. Desejo simplesmente provar do belo, do puro do simples. Quero voltar a ser criança, não para viver sem responsabilidades, mas para experimentar o puro, viver o sem conceitos estabelecidos.
Hoje de manhã eu olhei para uma determinada pessoa em especial e pensei sobre a possibilidade da nossa amizade. Sem questionar eu estava pronto a responder negativamente a essa possibilidade. Agora eu vejo como as coisas não são tão simples, como tudo não é mais tão puro e existem inúmeras coisas determinantes para situações como essas. Mas caramba como posso novamente perder uma oportunidade simplesmente pelas coisas passada. Olhemos para o amanhã, não existe nele cheiro e nem sensação simplesmente por que não o provamos ainda. Como posso então negar essa possibilidade eu estaria negando a mim uma experiência talvez inédita. Contudo se eu vier a me arrepender dessa oportunidade, paciência é como quando caiamos e nossas mães falavam: “Levanta, passa água no machucado e vai brincar, logo logo ele vai sarar.”
Tudo é simples, depende simplesmente de um ponto de vista.

sexta-feira, 4 de julho de 2008


Tenho mesmo gostado muito de escrever, consegui descobrir algo tão prazeroso quanto meu saudoso basquete. Enquanto escrevo sinto como se minha mente estivesse abrindo e colocando para fora qualquer forma de pensamento. Permito a saída de alegria, angústia e todos os meus sentimentos. Escrever tem tornado meus dias mais leve, expor a quem lê o meu verdadeiro eu, tem sido como permitir que vocês toquem um lado meu não conhecido. Agora quando leio comentários sobre meus textos sinto tamanha alegria. Nada tem sido tão gratificante quanto notar o quanto tenho conseguido alegrar algumas pessoas simplesmente usando de sinceridade.
Dias atrás escutei uma frase tão bonita, algo tão simples, mas com tamanha profundidade, havia eu prometido a mim mesmo escrever algo sobre esse comentário. Tenho certeza que ela irá identificar-se, no entanto abro a todos essas palavras agora. Não pretendo escrever sobre o apreço relacionado às pessoas importantes que conheci. Contudo tem sido significativo o resultado gerado pelas minhas cartas. Uma amiga a muito perdida hoje foi reencontrada, outra manteve seu silêncio mesmo sendo ele graças a seu esforço para se preservar. Agora não consigo descrever o quanto estou feliz pelas bênçãos alcançadas.
Eu quando comecei a escrever esse texto tinha em mente falar sobre algumas pessoas, novamente eu iria falar sobre sua importância na minha vida e simplesmente tentar demonstrar o quanto uma frase como: “você alegra o meu dia”, como comentários como esses são especiais para mim. Eu fiquei muito feliz ao ouvir elogios e o reconhecimento pelo meu amadurecimento. E no silêncio também fiquei muito grato mediante a tudo já experimentado. Estou muito satisfeito pelo resultado gerado, mesmo não planejado, eu estou muito feliz com todo o resultado que Deus permite alcançar. No entanto hoje não vou falar sobre nada disso. Tenho outra coisa em mente para escrever. Pretendo hoje ser mais reflexivo, demonstrar de forma menos poética e talvez mais clara o quanto estou feliz pelos resultados alcançados.
No dia 28 de junho minha avó faleceu. Lembro de ter sido acordado ás 5 horas mais ou menos para me arrumar, a notícia havia chegado, eu e minha mãe deveríamos ir para a igreja onde ocorreria o culto fúnebre. Enquanto me arrumava, eu peguei um livro, sabia o quanto era uma situação delicada e compreendia ser essa uma oportunidade de abençoar. Quando minha mãe e eu chegamos à igreja, olhei para o salão simplesmente um caixão e meus parentes. Foi um dia longo, mas em uma oportunidade que tive de ficar sozinho, observei a tudo e todos. Lembrei das pessoas, lembrei de cada pessoa na qual um dia eu havia encontrado. Pensei em algumas que gostaria de sua companhia nesse momento, lembrei de outras; eu simplesmente queria a companhia de alguém. Lembro de ter recebido a mensagem de um amigo, ele foi muito solidário, li a minha bíblia e novamente refleti. Ao final do dia eu pensaram em uma única coisa: “Obrigado meu Deus, ‘no luto existe reflexão’, obrigado por me permitir compreender isso.”.
Agora, dias após a morte dela eu estou aqui escrevendo. Eu tentei inúmeras vezes externar o que havia em mim, começava, tentava, me preparava, no entanto nada saia. Eu não sentia mais desejo em escrever. Então ouvindo uma música, uma música tão bonita, tão profunda e ela me lembrou o caminho das lagrimas e o das palavras. Agora estou feliz por lembrar como fazia para colocar para fora e compartilhar meus pensamentos com todos.
Contudo esse texto, hoje talvez minha profundidade esta nas sensações passadas por mim no dia fúnebre de domingo, nas lembranças gostosas das palavras de amigos e na sensação já esquecida de como era se sentir perdido sem conseguir expressar. Venho pedir desculpas, talvez hoje eu pareça meio vaga, talvez esse texto não esta tão bom quantos os outros. Compreenda, nem sempre a flor nasce, às vezes regamos com carinho e ela simplesmente morre por causa das falta de sol que um dia faz. Não nego estar levemente triste devido algumas circunstâncias, mas me alegro ao lembrar das maravilhosas graças dadas por meu Deus.
Agradeço aos comentários, agradeço aos sentimentos e agradeço a companhia. Eu escutei graças ao meu último texto fazia o dia de alguém feliz pelas boas palavras que eu sempre levava. Agora eu agradeço a essa mesma pessoa e a muitas outras, mas a essa em especial, obrigado pela solidariedade, pela amizade e pela alegria em ensinar o “confiar em Deus.”
Obrigado.