sábado, 13 de setembro de 2008

Sou apenas EU.


Hoje eu comecei a escrever mentalmente e agora estou passando tudo em forma de palavras. Acabei de colocar em prática uma coisa na qual venho praticando a dias, tentei me melhorar. Estou nesses últimos dias pensando na constância do meu ser, como posso ser o que alguns pensam que sou. Dizem que sou quem nunca vi ser. Como posso ser quem sou se nem eu sei quem sou. Talvez hoje eu esteja meio perdido em mim, mas talvez eu esteja sendo o mais sincero comigo mesmo, ainda não compreendo o que falam sobre mim. Uma amiga absurdamente importante em minha vida disse “...você aperfeiçoa tudo o que já é bom.”. Como posso ser o bom a quem ela se refere, não compreendo como posso levar consolo e explicação as pessoas por meio das minhas dúvidas e inquietações. Alguns quando lêem o que escrevo dizem ver em minhas palavras respostas para dúvidas de suas vidas, outros dizem sentir um alívio ou simplesmente ver em meus textos a compreensão para muitas questões. Sinto falta de minha simplicidade e sinto falta de amigos e amigas, pessoas nas quais encontrei diferenciais. Uma me chama por grilo, talvez pelo barulho incomodo de meus pensamentos que sempre estão gritando, ou por simplesmente se equivocar e achar em mim uma imagem da consciência. Não posso ser nada a ninguém. Não desejo trazer alívio a ninguém e nem responder questões complexas da vida. Eu apenas quando escrevo desejo colocar para fora o que existe em mim. Meus pensamentos. Realmente eu preciso de sensações e emoções fortes para produzir meus textos. Nessa sexta-feira eu lembrei uma sensação a muito não sentida. Lembrei aquele nó próprio meu que tem morada certa na minha garganta. Um gosto tão diferente, tão impróprio e tão reflexivo. Esse gosto, mesmo sendo ele as vezes incomodo, mas traz sempre pensamentos, reflexões e cansaço para mim. Nessa sexta-feira eu tive a oportunidade de relembrar tantas coisas, pude ver como posso não atentar para algo já conhecido por mim, meu destino talvez seja ser passageiro. Amigos e amigas já perguntaram se eu os abandonaria, se eu mudaria minha força te ser ou trata-los. Senti tremenda dor por ver embargar a voz por medo de me ver mudar. Não imaginava ser tão importante para alguém como amigo como sou para alguns. Como posso ser tudo se nem eu sei quem sou. Será mesmo ser tão como pensam, ou apenas não compreendem quem sou. Acabei de assistir um filme muito bom e muito bem escrito. Olhei o filme com alguns olhos, olhei como roteirista, olhei como fotografo e olhei como pessoa que se perde em seus pensamentos e as vezes não sabe qual é a melhor escolha se fazer. Vi alguém que quando praticava o bem resultava no mal e outro no qual se espelhava no caos e na desordem por simplesmente compreender o terror. Muitos já me falaram e me alertaram sobre minha escolha por caminhar só. Olhar em meus olhos hoje e procurar ali repouso para poucos eu permito, não olhe para mim se não for convidado senão a única coisa que vai encontrar é seu maior medo e seu caos interno externado pelos meus atos. E eu fico confuso como alguns e algumas se atrevem a olhar. Conheço uma amiga que tem tremenda habilidade com as palavras e hoje sobrevive de criar realidades por meio de suas palavras. Conheço uma na qual sem muitas palavras, talvez uma, ‘bisurdo’, mas nessa palavra reage a todas as minhas formas de mostrar que eu não sou o que muitos pensam que sou. Talvez hoje eu aparente ser muito confuso, sim eu sou muito confuso e complexo. Eu não sei ao certo o quanto posso ser eu, tenho me perdido em meu eu e não vejo mais resultados para minha complexidade. Enquanto caminhava a noite eu tive uma lapso de pensamento e compreendi uma verdade de Deus, compreendi como posso confiar em Deus graças a fé que ELE nos dá. A fé é a certeza das coisas que hão de acontecer e a convicção das coisas que vão acontecer. Eu hoje não vejo mais soluções para alguns desejo tão simples meu, não vejo mais saídas e nem formas para os resultados. Não consigo mais compreender como algumas coisas vão acontecer. E fiquei muito grato com Deus por Ele ter me permito essa interpretação, não veja mais soluções e nem resultados, mas sei pela fé no controle de Deus, sei o quanto ele cuidará para que tudo se resolva com muito carinho e amor. Então agradeço a Deus pelas coisas nas quais ELE me coloca, agradeço por poder aprender com tudo e todos. Agora eu realmente me pergunto, como podem, como vocês vêem e o que enxergam em mim? Eu ainda não compreendo muitas coisas sobre mim, mas uma coisa eu tenho certa, sou apenas uma pessoa simples e tenta melhorar. Talvez eu seja e tenha o bom no qual uma amiga se referiu, talvez seja quem a outra chora por medo de perder, mas hoje penso em ser apenas EU, uma pessoa simples.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Seus olhos verdes.


Hoje cheguei a uma estafa mental tremenda, tão profundo foi o desgaste, sua intensidade era tal que cheguei até a dizer de forma atrevida: Cansei de ser eu. Inúmeras vezes eu lutei para ser eu, talvez explicar o que penso seja algo mais complexo do que consigo transmitir, ou seja, simplesmente mais um devaneio da minha cabeça. Será eu o único a se cansar de ser eu mesmo, Fernando Pessoa em um dos seus poemas cansou de ser ele mesmo, inúmeras pessoas cansaram de ser elas e desejam ser aquelas pessoas sem falhas e sem derrotas. Eu apenas cansei de ser eu, cansei da complexidade do meu pensamento, cansei da intensidade das minhas idéias, vejo um desgaste na minha forma de ser tornando eu uma pessoa cansativa e de inúmeras facetas e características.

Enquanto caminho eu penso, talvez numa crise normal a todos, eu não sou normal. Tenho pensado sobre isso e uma vez um tutor me disse para não ser escravo dos pensamentos, como não pensar, ou melhor, como pensar em não pensar? Enquanto eu penso sobre como é ser eu, vejo como minhas características e minha personalidade influenciam até o mais simples gesto realizado. Já me perguntaram sobre como é ser eu, talvez agora eu tenha a resposta, ser eu cansa. Não cansa de forma física, mesmo que eu me esforce para ser freqüente na academia, sempre arranjo uma desculpa para não correr por mais de 30 minutos na esteira. Então fisicamente ser eu é agradável. Conviver comigo mesmo também não é ruim, assuntos para conversar não faltam, piadas oportunas para tornar qualquer conversa mais descontraídas fluem como natural. Agora ser eu, conviver com minha alógica de raciocínio, lidar com a meticulosidade na hora de escolher as palavras. Não quero parecer um jovem em crise, já passei por essa fase, mas estou simplesmente me perguntar, como posso cansar de ser eu.

Refletindo sobre a forma como escrevo descobri a necessidade de emoções fortes para poder produzir textos. Sábado e domingo, tive a oportunidade de experimentar sensações novas, viver uma vida que aos meus olhos, uma nova vida que se inicia. Olhei para cada segundo, cada sensação experimentada nesse dia e vi, percebi, experimentei e provei coisas novas, oportunidades que me levaram a pensar sobre inúmeras coisas, pessoas, comportamentos e sobre mim mesmo. Sábado minha inquietação sobre “cansar de ser eu” chegou a um ponto culminante. Compreendi a necessidade de minhas facetas, entendi o quanto minhas características, mesmo que cansativas para mim, descobri que elas tornaram minha pessoa uma pessoa diferente. As vezes me inquieto por esperar comportamento dos outros semelhantes ao que eu teria, reações, compreensões e percepções, porém me alegro com tudo isso, pois, não seria possível ser eu sabendo ser comum a todos, certo que minhas peculiaridades não são especiais, são apenas banais. Seria terrível para mim mesmo saber ser normal as minhas características, busquei tanto me melhorar, agregar valores e qualidades em mim que descobrir que isso é normal a todos mostraria o quanto o seu eu não é nada alem de ser a todos.

Agora, sexta-feira, quase meia noite, ouvindo uma música interessante e após uma conversa com uma amiga que é um anjo’s em minha vida consegui escrever algo novo e terminar esse texto começado dias atrás. Conversamos sobre coisas banais da vida e compartilhamos alegrias. Em uma de nossas alegrias eu comentei sobre uma sensível, uma simples e sim, uma delicada. Mostrei sua face, a face de um sonho a ponto de querer desfrutar de alegrias que um dia parecia pesadelos. Talvez se eu não tivesse vivido a vida, a minha vida em especial, se nada em mim acontecesse eu não iria poder ver as flores em meu caminho e nem ser guiado pelas estrelas do meu sonho. O fato de ser tão belo ou bela me traz a alegria de mais um sonho e a luz para um texto, senão compreendesse a importância de sua existência talvez nunca nasceriam flores em meu coração. Minhas palavras agora tem cores diferentes, meus olhos procuram um tom esverdeado para descansar e meus dedos relembram o delicado ponto onde eles te encontram. Talvez, sim, talvez pois não é certo, caso um dia eu torno o sonho real flores podem nascer, estrelas podem brilhar ou até mesmo a palavra me faltar, com todas as possíveis coisas que podem acontecer eu simplesmente agradeço pela sua simplicidade. Uma simples simplicidade.

Agora quem lê pensa ter alguém pelo qual escrevo. Escrevo pelos meus sonhos, escrevo pelos meus sentimentos, escrevo por que sonho em um dia te encontrar. Encontrar aquela com quem passo horas no telefone, com quem dedico pensamentos inusitados e aquela que tira o brilho da Inglaterra. Escrevo por você, simples por você, você que me lê.