segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Experiências.


Nesse momentos vocês já ter tomado banho, jogado toda a roupa pra lavar, sem ao menos olhar se tinha roupa limpa ou não, pára, não tem necessidade. Alguns devem estar comendo ou preparando para tentar recuperar os movimentos das pernas. Imagino como cada um, de forma individual, deve estar voltando, mesmo que de forma lenta, mas retornando ao seu mundo natural no qual nos desligamos nesses dias. Agora, ainda com a mesma bermuda, com minhas havianas sujas, e com a cara meio estranha, estou escrevendo. Não desejo fazer um relato preciso, jornalístico sobre nossos dias juntos. Tenho como simples desejo falar e expressar as sensações boas experimentadas na companhia de cada um.

Eu vinha planejamento falar sobre muitas coisas e compartilhar os detalhes de tudo, porém preciso primeiro pontual nossas vinte e seis horas juntos preso em um ônibus sem almoço, sem banho e sem espaço para minhas pernas. Seria justo olhar de forma pessimista. Contudo lembrando de cada rosto de forma individual, de como nos conhecemos preso lá dentro e como essas horas forma fundamentais para experimentar depois experiências muito mais intensas. Foram excelentes horas.

Olho agora para meu cansaço e vendo no espelho minha cara de acabado, eu fico muito feliz. Em todas às vezes nas quais eu falei sobre superficialidade, eu tratava de forma inversa, pensava em algo intenso, profundo. Olhei para cada um procurando detalhes nos quais pudessem abraçar, guardar, ter comigo para quando estivesse sozinho poder me alegrar me lembrando de cada um que pude me aproximar. Agora em casa, escrevendo, fecho os olhos e vejo, lembro, sinto e me alegro, me alegro com na ausência, mas talvez a ausência mais coletiva que já experimentei.

Agora, ouvindo minhas músicas, navegando na internet, após ter lido todos os sessenta e sete e-mails não lidos em minha caixa, sinto todos vocês. Recomendo a todos, fechem seus olhos e ouviram a vozes, sentiram o calor, vão trazer a vida cada detalhe que juntos vivemos.

Agora me alegro na saudade, pois, nela, encontramos o valor das pessoas que passaram pela nossa vida.