segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Experiências.


Nesse momentos vocês já ter tomado banho, jogado toda a roupa pra lavar, sem ao menos olhar se tinha roupa limpa ou não, pára, não tem necessidade. Alguns devem estar comendo ou preparando para tentar recuperar os movimentos das pernas. Imagino como cada um, de forma individual, deve estar voltando, mesmo que de forma lenta, mas retornando ao seu mundo natural no qual nos desligamos nesses dias. Agora, ainda com a mesma bermuda, com minhas havianas sujas, e com a cara meio estranha, estou escrevendo. Não desejo fazer um relato preciso, jornalístico sobre nossos dias juntos. Tenho como simples desejo falar e expressar as sensações boas experimentadas na companhia de cada um.

Eu vinha planejamento falar sobre muitas coisas e compartilhar os detalhes de tudo, porém preciso primeiro pontual nossas vinte e seis horas juntos preso em um ônibus sem almoço, sem banho e sem espaço para minhas pernas. Seria justo olhar de forma pessimista. Contudo lembrando de cada rosto de forma individual, de como nos conhecemos preso lá dentro e como essas horas forma fundamentais para experimentar depois experiências muito mais intensas. Foram excelentes horas.

Olho agora para meu cansaço e vendo no espelho minha cara de acabado, eu fico muito feliz. Em todas às vezes nas quais eu falei sobre superficialidade, eu tratava de forma inversa, pensava em algo intenso, profundo. Olhei para cada um procurando detalhes nos quais pudessem abraçar, guardar, ter comigo para quando estivesse sozinho poder me alegrar me lembrando de cada um que pude me aproximar. Agora em casa, escrevendo, fecho os olhos e vejo, lembro, sinto e me alegro, me alegro com na ausência, mas talvez a ausência mais coletiva que já experimentei.

Agora, ouvindo minhas músicas, navegando na internet, após ter lido todos os sessenta e sete e-mails não lidos em minha caixa, sinto todos vocês. Recomendo a todos, fechem seus olhos e ouviram a vozes, sentiram o calor, vão trazer a vida cada detalhe que juntos vivemos.

Agora me alegro na saudade, pois, nela, encontramos o valor das pessoas que passaram pela nossa vida.

domingo, 23 de agosto de 2009

PÔR-DO-SOL


“Um dia, eu vi o sol se por 43 vezes, quando a gente está triste demais, gosta do pôr-do-sol.”

Gostaria hoje, mesmo com esse dia típico de inverno, onde o céu esta nublado, o clima está gelado e nossos sentimentos estão frios, gostaria muito de poder ver o por do sol. Olhando agora pela minha janela vejo um céu nublado, uma situação conflitando com o meu ser e ao longe vejo pássaros, não voando, mas vejo pássaros, ícones conflitantes com meu ser. Agora quando me lembro do conflito entre os carneiros e as rosas, tudo quanto pensei ser tão simples e relevante, mas agora quando vejo minha única flor murcha, sem brilho e fria. Gostaria de ver um por do sol.
Hoje olhando para mim me senti tão desajeitado e algo faz sentido por que tudo é tão misterioso no mundo das lágrimas. Olho meus antúrios e vejo como tudo é tão delicado, mas melancólico. Neste momento quando vejo tudo em mim, espero o simples desabrochar de mais um ser, penso se seria capaz de compreender tudo, (sempre busco compreender, às vezes não sei o que quero compreender, mas busco compreender) percebo a vontade de chorar, mas ainda não compreendo.
Agora escrevendo para mim mesmo, escrevo-me para saber se sou um simples melancólico em olhar o mundo, mas vejo-me capaz de recriar alegrias antigas com o simples fato de lembrar o meu passado. Renovo meu prazer em deliciar-me nas coisas que já vivi e nas novas vividas. Tenho compreendido a alegria na tristeza. “Tristeza não tem fim, felicidade sim”. Agora olhando para essas palavras compreendo ser verdade, pois nossa alegria é sempre momentânea e as vezes ilógica, mas nossa tristeza é reflexiva e profunda, mas quando vejo alegria na tristeza vejo o quão frágil e delicado posso ser. Busco agora não viver uma vida feliz, mas sim alegrar-me em todas as vezes que sobre mim for permitido entristecer-me.
Experimentei mais uma vitória nesses dias, vencer um concurso com inúmeros candidatos tão, ou melhor, muitos melhores, mas pude viver a vitória, isso me trouxe e fez ver o quanto a alegria é efêmera. Mas deliciar-me em saber que Deus está atrás de todas as vitórias, ainda mais, saber que mesmo na derrota eu posso experimentar a alegria na tristeza. Alegro-me em ter que mesmo nas derrotas e fracassos posso me alegrar em Deus, isso sim é a alegria na tristeza. Alegrar-se em ver o quão pequeno sou e o maravilhoso é ser pequeno perto de um Deus tremendo.
Gostaria de hoje ver um pôr-do-sol.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Dois Terços


Nossa como é bom experimentar o amor de Deus em nossas vida. Graças a dois terços, uma ação permitida por Deus e guiada por uma amiga puder viver alguns momentos de total prazer. Eu pretendo agora escrever, não vou desabafar, nem deixar minhas palavras saírem, mas pretendo nesse momento planejar a minha forma, pretendo escrever de forma coerente e complexa sobre como foi maravilhoso ficar rouco, ter o corpo doendo, dormir mal e ter sido devorado por pernilongos. Desejo agora, fazer verdadeira as minhas palavras no momento final desse momento quando disse “isso merece ser escrito”, pretendo não provar o meu amor pelos que amo, mas sim demonstrar a minha sinceridade a aqueles que não a compreendem.
Era 9 horas quando sai de casa, estava cansado, receoso e tinha um berrante. Estava a caminho dos primeiros momentos, não sabia como seria, não conhecia muita gente e não compreendia muito bem como tudo iria acontecer, mas sabia : Deus me deu uma oportunidade, vamos lá glorificar a Deus. Estava no metro, abria minha bíblia, lia e orava esperando o que poderia vir. Quando cheguei vi o que me esperava, ’10 metros’, talvez os 10 metros mais longos da minha vida e bem inclinados formados em uma subida generosa e proveitosa. Andava pela rua, quase sozinho e de forma prazerosa eu pensava, imaginava e tentava prever como iria ser, mas sem saber ao certo eu ia me aproximando do novo. E então me lancei.
Enquanto tudo começava, eu observava, carregava coisas, mas observava, cumprimentava e olhava a tudo e todos. Fiquei feliz ao ver amigos, amigos que sabiam que estaria lá e pela inusitada alegria de uma amiga ao me ver lá. Ai comecei a compreender algo que em muitos momentos eu escrevia falando não compreender. Deus foi me permitindo sentir a alegria da comunhão entre irmão. O espírito de Deus falava ao meu coração as palavras do salmista “como é bom e agradável que os irmãos vivão em união.”, realmente estava sendo bom sentir tudo, tudo como presente de Deus. E olhava tudo e via a hora passar. Agora estando lá, provando dos presente em forma de promoção. Eu vivia naquele momento o dia sendo outro dia, não era mais uma sexta, contudo era um sábado sexta-feira, algo complexo devido a ausência da virada pelo sono.
Acordei e olhei e lembrei “um dia frio, um bom lugar para ler um livro”, estava realmente frio, sol, mas frio, era um dos primeiros a acordar, preso as sensações e sentimento de ansiedade, olhava e tentava prever tudo, minhas formas de análise não me ajudavam, simplesmente me mostravam que havia algo novo. Caminhava para o café e encontrei a todos e tudo se fez novo, tomei um café, ou melhor, roubei meu café da manhã, era algo muito gostoso, uma mistura de sono com alegria e fome. Via que algo novo estava começando a acontecer.
Agora vivendo o belo dia via como tudo estava indo de forma maravilhosa, um tempo de reflexão e adoração, algo delicioso, onde pude de forma sincera me mostrar a aquele que nos falou, mas mostrei algo descontraído e disforme. Tempo onde pude ouvir Deus falando mais ao meu coração, falando sobre coisas maravilhosas e dando paz aos meus sonhos e pude ter mais certeza sobre cada determinação traçada para a minha vida. Agora tenho de forma nostálgica cada palavra viva em mim, mas não desejo que elas se mantenham assim, mas busco que elas transformem a mim, desejo verdadeiramente ser mudado para melhor torná-las elas em mim.
Notava e sentia quão gostoso o dia se construía, mesmo que fisicamente tudo me destruísse. Sentia que quanto mais me esforçava fisicamente, mais me desgastava mais me sentia renovado. Via em cada risada, em cada brincadeira, em cada forma descontraída de aproximação, via uma face nova da vida e me alegrava pela iniciativa desprendida que gerou essa oportunidade.
Olhava a todos e tudo e novamente refletia e via novas oportunidades, via uma demonstração genuína do amor de Deus. Olhava como todos se portavam, tudo estava perfeito, mesmo as dores, tudo era perfeito. No final ouvi “Ah, agora é a parte ruim”, como foi bom brincar dizendo algo que era verdade “Não é ruim não, é a melhor parte, pois é quando vamos sentir saudade. Sentiremos saudades, manteremos vivas as palavras ditas a cada um e cada risada dita, teremos como em um momento eterno todas as situações criadas por todas as nossas mãos.
Mas acima de tudo não importa quanto tempo passe, tudo será sempre verdadeiro. A alegria em roubar pãezinhos, a dedicação em fotografar cada instante, a devoção em dedicar atenção a cada oração, a ouvir cada um em suas palavras e nas trapalhadas para poder oferecer algo alegre a todos. Acima de tudo, não importa nada, eu espero sempre louvar a Deus como pude fazer nesses dias, graças a generosidade de dois terços.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Conflitos.


Nossa estava a alguns dias procurando alguns motivos para escrever, porém era tão notável meu bloqueio. Não achava caminhos, motivos, coisas, situações; não via algo para utilizar, nada para catalisar e assim permitir a fruição e com isso tudo sair de forma agradável em sem grandes confusões. Não vejo mais motivos para me envolver em grandes conflitos, agora simplesmente vivo os pequenos, os conflitos pitorescos da minha vida.
Acabo de voltar a escrever e mostrar a minha forma mais pura de ser. Recomecei algo que gosto tanto, com uma ação tão inerente a mim, voltei a escrever me contradizendo e falando algo não real em minha vida. Venho buscando nesses dias compreender coisas, matar algumas curiosidades, poder notar algumas coisas, mas ainda não tenho todas as respostas, mas não as busco. Venho curiosamente a entender e compreender alguns “alguéns”, entender perfeitamente situações tão desnecessárias, mas se eu não buscasse entender, estaria forçando minha contradição e criando uma falta ilusão em mim.
Enquanto buscava compreender alguns detalhes, cada vez que eu buscava me aprofundar mais e mais em torno de mim mesmo, notava que estava me perdendo, me contradizendo mais e permitindo a interferência externa de forma desagradável e desajeitada. Acabei me deixando levar pela simples vontade de ir embora, de me perder em mim mesmo e deixar meu eu criar inúmeras faces de forma tão diversa que não via mais forma em mim mesmo. Mas como me lembrava e olhava a mim mesmo, um eu tão controverso e direto que via a não coerência de toda essa essência não formal, fui me tornando disforme, irregular e controverso para poder um dia talvez encontrar um início.
Agora permitindo, permitir, será que existe algo mais gostoso que permitir. Compreender a atenção de alguém que ama e assim permitir que ela aja em você fazendo algo com você, algo não indiferente e irreal, mas algo mais que material. Se um dia eu pedir a você que me permita, compreenda, me permita, porém veja essa ação como algo altruísta e de simplesmente demonstração de carinho, mas me permita (gostaria de jogar nomes nesse momento) ... Mas me permita não somente criar ações sinceras, mas construir algo com minha dedicação. Quando me permito crio em mim ações fortes que conduzem minha vida em meio à complexidade que eu vivo, desejo permitir em você, desejo construir em você, não uma imagem ou idéia mim, mas uma forma mim.
Agora, pouco mais de um ano após o início das minhas palavras eu venho de forma mais madura, mais bem arquitetada escrever tudo que existe em mim. Eu ouvi que escrevo de uma forma que faço um mix entre uma prosa e a poesia, tenho uma prosa rimada. Não sei. Compreendo simplesmente a forma que escrevo, eu sinto olho para onde projeto e assim permito, novamente uso e faço questão dessa palavra, permito que tudo existente em mim e que deseja sair saia. Olho agora com mais maturidade para tudo que escrevo, no entanto, sempre me alegro quando leio os comentários de quem gosto, existe uma que quando comenta me delicio em ver sua delicidadeza em elogiar e incentivar.
Consegui nesse momento criar talvez a forma mais simplesmente de compreender a mim mesmo, um texto fragmentado, decomposto pelas minhas formas irregulares e um rápido passar por tudo que já gostei e amei. Meus conflitos.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Oh Happy Day


Nossa quanta saudade de sentar ouvir minhas músicas e escrever. Ultimamente tenho sentido as palavras, emoções, desejos e vivências pedindo para sair, vejo elas em mim gritando para serem colocadas para fora, porém, eu simplesmente reprimo, não por vontade minha, empeço devido ao pouco tempo e alguns fatos não claros ainda, todos não permitem a saída delas. Nesses dois meses sem escrever eu olhava para o dia onde normalmente escreveria e não escrevia, pensava e esboçava algumas idéias, mas eu dormia, sabia quais eram meus motivos para escrever, porém não escrevia.

Agora, após um longo e percorrido dia, sinto-me avontade para escrever. Talvez por estar com meu corpo tão cansado, minhas pernas tão exaustas e meu ser tão limpo vejo com clareza as palavras novamente ordenadas e esperando para ser transmitidas e como em um regresso postas em meus pensamentos, ditas ou como um resgate saudosista, expressadas como em um espasmo mental. Então nesse momento pronto para escrever, preparado para transmitir e desejoso por me aliviar de meses sem fazê-lo, vou nesse exato momento permitir a quem lê ou simplesmente me permitir falar, escrever e externar toda a minha sentimentalidade.

Eu sabia da necessidade de grandes experiências de fortes sentimentos para pode escrever. Eu me perguntei inúmeras vezes por que demorava tanto para escrever, havia vivido grandes experiências, fortes sentimentos e mesmo assim me mantinha relutante em escrever, como podia não produzir e apenas guardar tudo a mim? A mim mesmo me perguntei isso e com o tempo fui notando o quanto eu estava perdendo o jeito, não jeito de escrever, mas esquecendo de como ser sensível e voltando a ser mecânico. Sabia da necessidade de ser sensível e permitir ser tocado em meu ser. Olhei para tudo e após muito pensar vi e vou comentar sobre o meu, falar sobre o desejo e a vontade e o de ser.

Enquanto me envolvia com as características do meu dia fui tornando como de forma desatenta ele em forma mecânica, quadrada e sem surpresas, até o momento de receber um convite. Fora convidado para uma viagem, convidado para escrever de forma visual sobre uma viagem. Eu fotografaria, aprisionaria tudo pelo simples poder da minha lente fotográfica. Quando senti o peso aproximado de 700 gramas, um corpo de plástico, aço, vidro e muita tecnologia em minha mão, ao notar o poder de permitir aos outros o olhar pelos meus olhos e de registrar de forma egoísta algo que somente era visto por mim, quando percebi isso fiquei em profunda alegria e prazer. Foram dois mil quilômetros percorridos, setecentas vezes apertada o mesmo botão, porém em cada segundo eu vi uma beleza, um ângulo e guardei a mim uma delicia de lembrar como é ser eu, ser a minha pessoa. Em todos os dias e momentos onde tive em meu controle tão objeto pude experimentar um sonho e um desejo e uma missão, alimentei meu eu visual externando de forma imagética toda a minha sentimentalidade.

Agora voltara a minha rotina e procurava não cair em meus mecanismos e tentava sempre manter vivo em minha as características de sempre ser eu. Certo de quem eu fui, era, sou e quero ser lutava para não perder esse foco. Então voltei a lutar pelos meus dias, lutar para não cair na mesmice e sempre demonstrar o apreço a todos os que merecem. Eu já muito alegre por conhecer pessoas maravilhosas Deus me mostrou com tremendo carinho mais algumas preciosidades que vou guardar para o resto da minha vida.

Agora como um louco desvairado canto “Oh Happy Days”, tremenda alegria enche o meu ser com tudo, pelas coisas incríveis vividas nesse ano, mediante a tantas pessoas maravilhosas, viagens indescritíveis e conversas sem rumo e nem prumo. Lembro de forma gostosa como Deus me permitiu conhecer uma pessoinha tão diferente, tão única, tão apropriada, ficávamos conversando sobre coisas “cabeça” até o dia onde ela me pediu ajuda para escrever um discurso persuasivo, algo envolvente, algo tão atraente a ponto de prender a atenção das pessoas, porém tudo deveria ser em inglês; como foi gostosa essa tarde, ficamos 3 horas conversando, falamos de tudo, menos do objetivo inicial da conversa, o texto. Hoje posso cantar essa música e me lembrar de noites sem dormir onde ficamos discutindo teorias, melhor dizendo, fiquei expondo minhas teorias e dois queridíssimos amigos ficaram me ouvindo, estavam tão atentos que hoje vivem curiosos para saber se pato ao molho de amoras é tão gostoso quanto disse ser. Tenho prazer em lembrar de amigas, companheiras novas, uma excelente companhia pra ir ao cinema nas noites chuvosas de São Paulo e lembrar de outra tão particular, tão especial que defino como meu pedaço de Japão. Gosto muito de cantar essa música por dois motivos, primeiro pelo já dito, pela alegria vivida graças aos presentes recebido por Deus, sendo eles em forma de amigos e o outro motivo é por que canto muito bem e nossa vida a música ganha uma outra roupagem com a minha voz acompanhando.

Estava a um longo tempo sem escrever, senti falta de escrever, senti falta de me expressar, sabia por que deveria fazer e como deveria fazer, mas não fazia. Agora aliviado após escrever dedico esse texto a algumas pessoas, nunca havia dedicado nada assim, então dedico a algumas pessoas. Ofereço meu atual texto aquela que hoje me manda carta pelo e-mail, a uma que é um anjo em minha vida, e minha chama missionária e todas as pessoas com as quais um dia eu já tive o prazer de fazer troca de pensamentos.

sábado, 13 de setembro de 2008

Sou apenas EU.


Hoje eu comecei a escrever mentalmente e agora estou passando tudo em forma de palavras. Acabei de colocar em prática uma coisa na qual venho praticando a dias, tentei me melhorar. Estou nesses últimos dias pensando na constância do meu ser, como posso ser o que alguns pensam que sou. Dizem que sou quem nunca vi ser. Como posso ser quem sou se nem eu sei quem sou. Talvez hoje eu esteja meio perdido em mim, mas talvez eu esteja sendo o mais sincero comigo mesmo, ainda não compreendo o que falam sobre mim. Uma amiga absurdamente importante em minha vida disse “...você aperfeiçoa tudo o que já é bom.”. Como posso ser o bom a quem ela se refere, não compreendo como posso levar consolo e explicação as pessoas por meio das minhas dúvidas e inquietações. Alguns quando lêem o que escrevo dizem ver em minhas palavras respostas para dúvidas de suas vidas, outros dizem sentir um alívio ou simplesmente ver em meus textos a compreensão para muitas questões. Sinto falta de minha simplicidade e sinto falta de amigos e amigas, pessoas nas quais encontrei diferenciais. Uma me chama por grilo, talvez pelo barulho incomodo de meus pensamentos que sempre estão gritando, ou por simplesmente se equivocar e achar em mim uma imagem da consciência. Não posso ser nada a ninguém. Não desejo trazer alívio a ninguém e nem responder questões complexas da vida. Eu apenas quando escrevo desejo colocar para fora o que existe em mim. Meus pensamentos. Realmente eu preciso de sensações e emoções fortes para produzir meus textos. Nessa sexta-feira eu lembrei uma sensação a muito não sentida. Lembrei aquele nó próprio meu que tem morada certa na minha garganta. Um gosto tão diferente, tão impróprio e tão reflexivo. Esse gosto, mesmo sendo ele as vezes incomodo, mas traz sempre pensamentos, reflexões e cansaço para mim. Nessa sexta-feira eu tive a oportunidade de relembrar tantas coisas, pude ver como posso não atentar para algo já conhecido por mim, meu destino talvez seja ser passageiro. Amigos e amigas já perguntaram se eu os abandonaria, se eu mudaria minha força te ser ou trata-los. Senti tremenda dor por ver embargar a voz por medo de me ver mudar. Não imaginava ser tão importante para alguém como amigo como sou para alguns. Como posso ser tudo se nem eu sei quem sou. Será mesmo ser tão como pensam, ou apenas não compreendem quem sou. Acabei de assistir um filme muito bom e muito bem escrito. Olhei o filme com alguns olhos, olhei como roteirista, olhei como fotografo e olhei como pessoa que se perde em seus pensamentos e as vezes não sabe qual é a melhor escolha se fazer. Vi alguém que quando praticava o bem resultava no mal e outro no qual se espelhava no caos e na desordem por simplesmente compreender o terror. Muitos já me falaram e me alertaram sobre minha escolha por caminhar só. Olhar em meus olhos hoje e procurar ali repouso para poucos eu permito, não olhe para mim se não for convidado senão a única coisa que vai encontrar é seu maior medo e seu caos interno externado pelos meus atos. E eu fico confuso como alguns e algumas se atrevem a olhar. Conheço uma amiga que tem tremenda habilidade com as palavras e hoje sobrevive de criar realidades por meio de suas palavras. Conheço uma na qual sem muitas palavras, talvez uma, ‘bisurdo’, mas nessa palavra reage a todas as minhas formas de mostrar que eu não sou o que muitos pensam que sou. Talvez hoje eu aparente ser muito confuso, sim eu sou muito confuso e complexo. Eu não sei ao certo o quanto posso ser eu, tenho me perdido em meu eu e não vejo mais resultados para minha complexidade. Enquanto caminhava a noite eu tive uma lapso de pensamento e compreendi uma verdade de Deus, compreendi como posso confiar em Deus graças a fé que ELE nos dá. A fé é a certeza das coisas que hão de acontecer e a convicção das coisas que vão acontecer. Eu hoje não vejo mais soluções para alguns desejo tão simples meu, não vejo mais saídas e nem formas para os resultados. Não consigo mais compreender como algumas coisas vão acontecer. E fiquei muito grato com Deus por Ele ter me permito essa interpretação, não veja mais soluções e nem resultados, mas sei pela fé no controle de Deus, sei o quanto ele cuidará para que tudo se resolva com muito carinho e amor. Então agradeço a Deus pelas coisas nas quais ELE me coloca, agradeço por poder aprender com tudo e todos. Agora eu realmente me pergunto, como podem, como vocês vêem e o que enxergam em mim? Eu ainda não compreendo muitas coisas sobre mim, mas uma coisa eu tenho certa, sou apenas uma pessoa simples e tenta melhorar. Talvez eu seja e tenha o bom no qual uma amiga se referiu, talvez seja quem a outra chora por medo de perder, mas hoje penso em ser apenas EU, uma pessoa simples.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Seus olhos verdes.


Hoje cheguei a uma estafa mental tremenda, tão profundo foi o desgaste, sua intensidade era tal que cheguei até a dizer de forma atrevida: Cansei de ser eu. Inúmeras vezes eu lutei para ser eu, talvez explicar o que penso seja algo mais complexo do que consigo transmitir, ou seja, simplesmente mais um devaneio da minha cabeça. Será eu o único a se cansar de ser eu mesmo, Fernando Pessoa em um dos seus poemas cansou de ser ele mesmo, inúmeras pessoas cansaram de ser elas e desejam ser aquelas pessoas sem falhas e sem derrotas. Eu apenas cansei de ser eu, cansei da complexidade do meu pensamento, cansei da intensidade das minhas idéias, vejo um desgaste na minha forma de ser tornando eu uma pessoa cansativa e de inúmeras facetas e características.

Enquanto caminho eu penso, talvez numa crise normal a todos, eu não sou normal. Tenho pensado sobre isso e uma vez um tutor me disse para não ser escravo dos pensamentos, como não pensar, ou melhor, como pensar em não pensar? Enquanto eu penso sobre como é ser eu, vejo como minhas características e minha personalidade influenciam até o mais simples gesto realizado. Já me perguntaram sobre como é ser eu, talvez agora eu tenha a resposta, ser eu cansa. Não cansa de forma física, mesmo que eu me esforce para ser freqüente na academia, sempre arranjo uma desculpa para não correr por mais de 30 minutos na esteira. Então fisicamente ser eu é agradável. Conviver comigo mesmo também não é ruim, assuntos para conversar não faltam, piadas oportunas para tornar qualquer conversa mais descontraídas fluem como natural. Agora ser eu, conviver com minha alógica de raciocínio, lidar com a meticulosidade na hora de escolher as palavras. Não quero parecer um jovem em crise, já passei por essa fase, mas estou simplesmente me perguntar, como posso cansar de ser eu.

Refletindo sobre a forma como escrevo descobri a necessidade de emoções fortes para poder produzir textos. Sábado e domingo, tive a oportunidade de experimentar sensações novas, viver uma vida que aos meus olhos, uma nova vida que se inicia. Olhei para cada segundo, cada sensação experimentada nesse dia e vi, percebi, experimentei e provei coisas novas, oportunidades que me levaram a pensar sobre inúmeras coisas, pessoas, comportamentos e sobre mim mesmo. Sábado minha inquietação sobre “cansar de ser eu” chegou a um ponto culminante. Compreendi a necessidade de minhas facetas, entendi o quanto minhas características, mesmo que cansativas para mim, descobri que elas tornaram minha pessoa uma pessoa diferente. As vezes me inquieto por esperar comportamento dos outros semelhantes ao que eu teria, reações, compreensões e percepções, porém me alegro com tudo isso, pois, não seria possível ser eu sabendo ser comum a todos, certo que minhas peculiaridades não são especiais, são apenas banais. Seria terrível para mim mesmo saber ser normal as minhas características, busquei tanto me melhorar, agregar valores e qualidades em mim que descobrir que isso é normal a todos mostraria o quanto o seu eu não é nada alem de ser a todos.

Agora, sexta-feira, quase meia noite, ouvindo uma música interessante e após uma conversa com uma amiga que é um anjo’s em minha vida consegui escrever algo novo e terminar esse texto começado dias atrás. Conversamos sobre coisas banais da vida e compartilhamos alegrias. Em uma de nossas alegrias eu comentei sobre uma sensível, uma simples e sim, uma delicada. Mostrei sua face, a face de um sonho a ponto de querer desfrutar de alegrias que um dia parecia pesadelos. Talvez se eu não tivesse vivido a vida, a minha vida em especial, se nada em mim acontecesse eu não iria poder ver as flores em meu caminho e nem ser guiado pelas estrelas do meu sonho. O fato de ser tão belo ou bela me traz a alegria de mais um sonho e a luz para um texto, senão compreendesse a importância de sua existência talvez nunca nasceriam flores em meu coração. Minhas palavras agora tem cores diferentes, meus olhos procuram um tom esverdeado para descansar e meus dedos relembram o delicado ponto onde eles te encontram. Talvez, sim, talvez pois não é certo, caso um dia eu torno o sonho real flores podem nascer, estrelas podem brilhar ou até mesmo a palavra me faltar, com todas as possíveis coisas que podem acontecer eu simplesmente agradeço pela sua simplicidade. Uma simples simplicidade.

Agora quem lê pensa ter alguém pelo qual escrevo. Escrevo pelos meus sonhos, escrevo pelos meus sentimentos, escrevo por que sonho em um dia te encontrar. Encontrar aquela com quem passo horas no telefone, com quem dedico pensamentos inusitados e aquela que tira o brilho da Inglaterra. Escrevo por você, simples por você, você que me lê.