domingo, 23 de agosto de 2009

PÔR-DO-SOL


“Um dia, eu vi o sol se por 43 vezes, quando a gente está triste demais, gosta do pôr-do-sol.”

Gostaria hoje, mesmo com esse dia típico de inverno, onde o céu esta nublado, o clima está gelado e nossos sentimentos estão frios, gostaria muito de poder ver o por do sol. Olhando agora pela minha janela vejo um céu nublado, uma situação conflitando com o meu ser e ao longe vejo pássaros, não voando, mas vejo pássaros, ícones conflitantes com meu ser. Agora quando me lembro do conflito entre os carneiros e as rosas, tudo quanto pensei ser tão simples e relevante, mas agora quando vejo minha única flor murcha, sem brilho e fria. Gostaria de ver um por do sol.
Hoje olhando para mim me senti tão desajeitado e algo faz sentido por que tudo é tão misterioso no mundo das lágrimas. Olho meus antúrios e vejo como tudo é tão delicado, mas melancólico. Neste momento quando vejo tudo em mim, espero o simples desabrochar de mais um ser, penso se seria capaz de compreender tudo, (sempre busco compreender, às vezes não sei o que quero compreender, mas busco compreender) percebo a vontade de chorar, mas ainda não compreendo.
Agora escrevendo para mim mesmo, escrevo-me para saber se sou um simples melancólico em olhar o mundo, mas vejo-me capaz de recriar alegrias antigas com o simples fato de lembrar o meu passado. Renovo meu prazer em deliciar-me nas coisas que já vivi e nas novas vividas. Tenho compreendido a alegria na tristeza. “Tristeza não tem fim, felicidade sim”. Agora olhando para essas palavras compreendo ser verdade, pois nossa alegria é sempre momentânea e as vezes ilógica, mas nossa tristeza é reflexiva e profunda, mas quando vejo alegria na tristeza vejo o quão frágil e delicado posso ser. Busco agora não viver uma vida feliz, mas sim alegrar-me em todas as vezes que sobre mim for permitido entristecer-me.
Experimentei mais uma vitória nesses dias, vencer um concurso com inúmeros candidatos tão, ou melhor, muitos melhores, mas pude viver a vitória, isso me trouxe e fez ver o quanto a alegria é efêmera. Mas deliciar-me em saber que Deus está atrás de todas as vitórias, ainda mais, saber que mesmo na derrota eu posso experimentar a alegria na tristeza. Alegro-me em ter que mesmo nas derrotas e fracassos posso me alegrar em Deus, isso sim é a alegria na tristeza. Alegrar-se em ver o quão pequeno sou e o maravilhoso é ser pequeno perto de um Deus tremendo.
Gostaria de hoje ver um pôr-do-sol.

7 comentários:

Unknown disse...

pods crer! alegrar-se na tristeza, muito vdd isso, pois a tristeza nos faz refletir profundamente, pura verdade!
Talvez eu ñ esteja longe de estar vivendo algo parecidoo


abraços!

Alice Mandara disse...

nossa Lucas, tá virando emo??? brincadeira...
é que me identifiquei profundamente com o texto... tirando a parte da vitória... rs
quando a gente tá triste escreve melhor né... não exatamente melhor, acho que mais profundamente...
o bom é que vc consegue encontrar alegria e inspiração na tristeza...
keep walking...
bj

Darlene disse...

Alegria e tristeza se fundindo num mesmo momento... vai lá saber o que o nosso desejo deseja de fato! As nossas contradições são tão belas que por vezes nos deprimem, mas são elas que nos tornam essencialmente humanos. Belo texto... dá até pra sentir a sua tristeza, como se fosse daquelas que não têm nome nem razão pra aparecer, que não pedem licença pra chegar nem se explicam ou se justificam. Simplesmente surgem.

Anônimo disse...

brother
'não tenha medo,tão-somente creia'

Keh Brasil disse...

"Tenho compreendido a alegria na tristeza." Curti essa frase =D heh...
Fiquei feliz pela sua vitória! ^^
Q Deus te abençõe mtoO!
bjUu

Mariana Marcolino dos Anjos disse...

Oi Lu...qt tempo q não lia um texto seu, tava com saudades!!!
queria deixar um versiculo pra vc
Filipenses 4.11: "Aprendi a viver contente em toda e qualquer situação..."
é um versiculo q gosto mt e q me ajuda a ver as coisas boas mesmo qd td ta ruim e a sempre viver contente!
Deus te abençõe mtao!
bjos!

Anônimo disse...

Muito bom! Sinto saudades